28 jan, 2021 - 23:30 • Ana Carrilho
Três grupos de desempregados colocaram em circulação esta quinta-feira uma petição pública a favor da prorrogação e alargamento dos apoios sociais no desemprego, que conta já com mais de 300 assinaturas.
O documento lembra que há milhares de pessoas que esgotaram o subsídio de desemprego em dezembro e que, por isso, não estão abrangidas pela prorrogação de seis meses anunciada pelo Governo para quem terminava a prestação em janeiro.
Noutros casos, os beneficiários tinham acesso ao subsídio social de desemprego, prestação que o Governo não prorrogou, ao contrário do que fez em março.
Neste quadro, há famílias em grandes dificuldades, sem saber como pagar renda da casa, água, luz, gás e alimentação, e que apelam ao Governo para que renove automaticamente a atribuição destas prestações, bem como a redução do prazo para aceder ao Apoio aos Desempregados de Longa Duração, que, por lei, só pode ser pedido meio ano após a concessão do último subsídio social de desemprego.
Em declarações à Renascença, Sara Pereira, uma das primeiras subscritoras, explica que a petição foi lançada para “que seja feito o burburinho todo, para que nos vejam, para que nos deem voz”.
“Queremos que [a petição] vá mesmo à Assembleia da República”, revindica, ao mesmo tempo que sublinha que “não somos números, não somos só uma lista de centro de emprego… temos caras, nomes, idades”.
Organizados através das redes sociais, os peticionários já contactaram diversos órgãos de soberania, entidades e grupos parlamentares, mas, até ao momento, só o Bloco de Esquerda e a CGTP responderam.
De resto, os bloquistas entregaram na Assembleia da República um projeto de resolução sobre esta questão, que poderá ser discutido e votado já na próxima semana.