01 fev, 2021 - 07:35 • Anabela Góis , Marta Grosso
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Esta semana, arranca uma nova etapa do plano de vacinação, agora alargado a mais grupos prioritários, nomeadamente, pessoas com mais de 80 anos ou mais de 50 anos, mas com uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.
Contudo, e apesar de Portugal já ter recebido mais doses, as vacinas não vão chegar já a todo o país.
Onde e por quem vai começar a vacinação?
Tal como aconteceu com a vacinação aos profissionais de saúde, também agora vai haver uma espécie de arranque simbólico. Para já, vão ser imunizados os idosos com mais de 80 anos e algum tipo de doença, residentes na zona Norte do país e na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT).
O processo de vacinação vai decorrer em alguns centros de saúde para testar o sistema de marcações e só depois, se tudo correr bem, é que chegará ao resto do país e ao resto das pessoas incluídas nesta fase – ou seja, aos restantes idosos com mais de 80 anos, mas sem registo de doenças, e a quem tenha mais de 50 anos e patologias graves.
Quantas pessoas vão ser vacinadas?
Não se sabe ao certo, porque está tudo dependente da chegada das vacinas e as farmacêuticas não têm conseguido cumprir os prazos acordados, pelo que as doses estão a chegar em menor quantidade e aos poucos.
As pessoas com mais de 50 anos com doença coronária, insuficiência cardíaca ou renal e doença pulmonar obstrutiva crónica serão mais de 400 mil (600 mil, nas contas apresentadas pelo coordenador do Plano de Vacinação contra a Covid-19 na quinta-feira), a que se juntam mais de 300 mil idosos acima de 80 anos.
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Tudo isto enquanto ainda decorre a vacinação nos lares e dos próprios profissionais de saúde.
É, por isso, uma grande operação logística e algo complicada para os centros de saúde, onde médicos e enfermeiros têm estado a cruzar informações, de forma a avaliar, dentre as listas de utentes, quem responde aos critérios definidos para a vacinação nesta fase.
Como vai começar o processo?
As pessoas inscritas nos centros de saúde e selecionadas para esta fase de vacinação podem começar a ser chamadas a qualquer momento. Os agrupamentos de centros de saúde têm estado a estão a organizar-se e a criar os centros de vacinação.
Mas há centros mais adiantados do que outros. Por exemplo, a Câmara de Gondomar já disse que conta arrancar na terça-feira com a imunização no pavilhão multiusos da cidade, que foi transformado num centro de vacinação.
Já a Câmara de Lisboa conta ter sete locais espalhados pela cidade, prontos a funcionar na próxima segunda-feira (dia 8 – daqui a uma semana, portanto).
Quem está registado num centro de saúde, vai receber um SMS a perguntar se quer ser vacinado. Se a resposta for afirmativa, depois será marcado dia, hora e local para a vacinação.
E, aí, é preciso responder outra vez: sim ou não à marcação feita.
No caso de a pessoa não ter telemóvel, será contactada por outro meio, seja por telefone fixo, carta ou visita domiciliária.
E que não se é seguido no SNS?
Os utentes que não são seguidos no Serviço Nacional de Saúde devem contactar o médico assistente, para que ele emita uma declaração eletrónica através do sistema de Prescrição Eletrónica Médica, atestando que entra nesta fase – ou seja, que tem mais e 50 anos e uma das comorbilidades previstas ou que tem mais de 80 anos.
Se tem dúvidas, pode preencher o formulário disponibilizado pelas autoridades na internet. Só tem de escrever a data de nascimento, o nome e o número de utente e aparece a sua situação.
No mesmo ano em que a pandemia chegou a Portugal, (...)
Não vale a pena ligar para o centro de saúde?
Não, nem convém, pois por estes dias os funcionários dos centros de saúde têm mesmo muito trabalho.
É preciso ter paciência e esperar pela mensagem de telemóvel a perguntar se querem ser vacinados. É essa mensagem que dará início ao processo.
Será depois muito importante que sejam respeitadas as marcações, para não se desperdiçarem vacinas. E, quando levarem a primeira dose, será logo marcada a segunda toma.
As autoridades de saúde pedem aos utentes que aguardem até serem contactados pelos centros de saúde.
Primeira fase: ainda a decorrer, abrange profissionais de saúde e idosos e pessoal que os acompanha nos lares. Prolonga-se até final de março e inclui ainda profissionais das Forças Armadas, forças de segurança e serviços críticos.
Nesta fase serão igualmente vacinadas, a partir de fevereiro, pessoas de idade igual ou superior a 50 anos com, pelo menos, uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.
Segunda fase: arranca a partir de abril e inclui pessoas de idade igual ou superior a 65 anos e pessoas entre os 50 e os 64 anos de idade, inclusive, com pelo menos uma das seguintes patologias: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade e outras doenças com menor prevalência que poderão ser definidas posteriormente, em função do conhecimento científico.
Terceira fase: destinada à restante população, em data a determinar.
Chegaram, nas últimas horas, a Portugal mais remessas de vacinas contra a Covid-19: 10.800 doses da Moderna e cerca de 80 mil da vacina da Pfizer/BioNtech, de acordo com informações do coordenador da campanha de vacinação, Francisco Ramos.
No domingo, a presidente da Comissão Europeia anunciou que a farmacêutica AstraZeneca irá fornecer à União Europeia mais nove milhões de doses da sua vacina contra a Covid-19, num total de 40 milhões de doses, que devem ser entregues até final de março.
Ursula von der Leyen refere um aumento de 30%, ainda assim metade do que estava inicialmente previsto no contrato.