03 fev, 2021 - 01:19 • Guilherme Correia da Silva
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De mangas arregaçadas, prontos para o que for preciso. É com este espírito que a equipa das Forças Armadas alemãs se prepara para viajar para Portugal. Ao todo, 26 profissionais de saúde, incluindo oito médicos, que deverão ficar no país durante três semanas para tentar aliviar a pressão no sistema de saúde.
O coronel Jens-Peter Evers foi quem reuniu a equipa. Será ele que vai comandar a missão no terreno. Os médicos vão, sobretudo, apoiar os profissionais de saúde de um hospital em Lisboa.
"À partida, assumo que se trata apenas de apoiar um hospital com pessoal. O foco será o atendimento aos pacientes. É aquilo que provavelmente nos vão pedir mais", afirma Evers à Renascença.
Contudo, no avião da Bundeswehr seguem vários especialistas que poderão ser destacados para outras unidades de saúde. Segundo o coronel médico, a equipa está disponível para o que for preciso – os militares poderão sempre moldar-se às necessidades que possam surgir.
"Tudo depende muito do que os nossos camaradas em Portugal esperam de nós. Guiamo-nos, tanto quanto possível, pelos seus desejos e pelas suas expetativas. Depois verei em concreto no terreno com os meus camaradas e colegas como será destacado este pessoal."
Além dos profissionais de saúde, o Ministério da Defesa alemão anunciou o envio para Portugal de material médico, incluindo 50 ventiladores, 150 camas hospitalares e 150 bombas de infusão.
Mais uma vez, o coronel médico Jens-Peter Evers diz que tudo depende do que o país precisa: "Guiamo-nos pelo que o lado português nos pedir", salienta.
A missão de ajuda deverá partir rumo a Lisboa por volta das 11h00 da Alemanha (10h00 em Portugal continental). Após três semanas no país, a equipa de militares poderá ser substituída por uma outra.
O Inspetor dos Serviços Médicos da Bundeswehr, o tenente-general Ulrich Baumgärtner, acompanhará a missão.
A ministra da Defesa Annegret Kramp-Karrenbauer referiu na segunda-feira que, embora o sistema de saúde na Alemanha também esteja sobrecarregado nesta altura, "a solidariedade é indispensável" na Europa.
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