Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Pandemia

Covid-19. Hospital da Cruz Vermelha admite "eventuais irregularidades" na vacinação de profissionais

03 fev, 2021 - 20:16 • Redação com Lusa

Facto foi reportado à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, estando já a decorrer uma investigação. Desde dezembro, o Hospital da Cruz Vermelha está sob gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A+ / A-

Veja também:


O Hospital da Cruz Vermelha admite irregularidades na seleção dos profissionais a vacinar contra a Covid-19, levando à demissão do coordenador deste plano em Portugal, Francisco Ramos, que é também presidente da comissão executiva do hospital.

“Nos procedimentos de seleção dos profissionais a vacinar, foram detetadas eventuais irregularidades”, refere um comunicado do Hospital da Cruz Vermelha enviado à agência Lusa.

Segundo o documento, “este facto foi reportado à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, estando já a decorrer uma inspeção a cargo daquela entidade nos termos dos procedimentos de inspeção à execução das normas previstas no Plano de Vacinação contra o SARS-CoV-2”.

No mesmo documento, o HCV informa que “o início do processo de vacinação contra a Covid-19” neste hospital decorreu na terça-feira e hoje, tendo sido “vacinados 230 profissionais de saúde”.

O comunicado do HCV surge depois de, já esta quarta-feira, Francisco George ter negado quaisquer irregularidades na Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) no âmbito do plano de vacinação contra a Covid-19.

O presidente do Conselho de Administração da CVP explicou que, apesar de ter a designação Cruz Vermelha, o HCV “não é gerido pela Cruz Vermelha Portuguesa”, tendo a sua gestão passado, em dezembro, para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

O Hospital da Cruz Vermelha reafirma no comunicado “a sua disponibilidade para estar ao serviço do doente na prestação dos melhores cuidados de saúde”.

O coordenador da 'task force' para o Plano de Vacinação contra a Covid-19 em Portugal, Francisco Ramos, demitiu-se do cargo, anunciou hoje o Ministério da Saúde.

Em comunicado, o Ministério esclareceu que a demissão de Francisco Ramos decorre de “irregularidades detetadas pelo próprio no processo de seleção de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, do qual é presidente da comissão executiva”.

Numa declaração enviada às redações, Francisco Ramos acrescentou que as irregularidades diziam respeito ao processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde daquele hospital.

A demissão ocorre numa altura em que são públicas diversas situações de vacinação indevida de várias pessoas em várias regiões do país e no dia em que arrancou a vacinação em centros de saúde de idosos com 80 ou mais anos e de pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas, numa fase que abrange cerca de 900 mil portugueses.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+