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Covid-19

​Dois dias, mais de 800 voluntários para hospital de campanha em Lisboa

04 fev, 2021 - 12:00 • Beatriz Lopes , Cristina Nascimento

Estrutura a funcionar no Estádio Universitário de Lisboa vai abrir um segundo pavilhão. Voluntários vão ajudar os profissionais de saúde em tarefas de alimentação, higiene e outros cuidados aos doentes.

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Dois dias depois do apelo ser lançado, já há 854 pessoas que se ofereceram para trabalhar no Hospital de Campanha instalado no Estádio Universitário de Lisboa. O apelo surgiu da própria universidade, numa altura em que se prepara a abertura de um segundo pavilhão que poderá receber até 150 doentes.

Ouvido pela Renascença, o vice-reitor da Universidade de Lisboa, João Barreiros, mostra-se satisfeito com o “sucesso inesperado” da iniciativa

“A nossa ideia foi pedir ajuda a voluntários que tivessem mais de 18 anos, que já tivessem tido Covid, que aceitassem ser testados em teste serológico para garantir a existência de anticorpos e que tivessem capacidade de fazer dois turnos de quatro horas por semana, quaisquer dois turnos. Tivemos um sucesso inesperado", descreve.

Nesta primeira fase, deverão ser selecionados 80 dos 800 voluntários para apoiar os profissionais de saúde em tarefas de alimentação, higiene e outros cuidados aos doentes. No entanto, a equipa de voluntários poderá aumentar consoante o número de internamentos.

“Não sabemos quando é que deverão começar a ser chamados porque todos eles terão de ser testados, terão de fazer testes serológicos, e há uma série de regras de segurança a respeitar. Para já, posso dizer-lhe que temos já sete voluntários aptos, três que já foram vacinados e quatro que já apresentaram um teste serológico”, explica o vice-reitor.

Nesta altura, o hospital de contingência está a receber doentes menos graves de sete hospitais de Lisboa. O segundo pavilhão que deverá abrir na próxima semana terá capacidade para 150 camas.

O primeiro pavilhão ainda não esgotou a sua capacidade, “está em gestão”, diz o vice-reitor, acrescentando, no entanto, que “pode encher com facilidade”.

“Aquilo que é importante nesta altura não é apenas acudir à tarefa imediata de acolher pacientes de outras unidades hospitalares e de centros hospitalares, mas também permitir que os hospitais voltem a ter disponibilidade para fazer as suas funções normais”, explica.

Questionado sobre se já estão garantidos os profissionais de saúde necessários para garantir o funcionamento do segundo pavilhão, João Barreiros refere que “o processo está a decorrer” e que “leva tempo”, dado que “não é possível encontrar instantaneamente todos os médicos e todos os enfermeiros necessários.

Nestas declarações à Renascença, o vice-reitor revelou ainda que a Universidade de Lisboa está disponível para que, se necessário, alguns dos voluntários sejam dispensados para ajudar a cumprir o plano de vacinação. “Quando houver no país uma massificação a sério da vacinação, estes voluntários poderão vir a ser essenciais e há aqui muitas pessoas com formação e competências na área”, remata.

Portugal registou quarta-feira 240 mortes relacionadas com a Covid-19 e 9.083 casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), cujo boletim diário revelou estarem internadas 6.684 pessoas, menos 91 do que na terça-feira, das quais 877 em unidades de cuidados intensivos, mais 25.

Desde março de 2020, morreram 13.257 pessoas no país de um total de 740.944 casos de infeção confirmados.

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  • Ivo Pestana
    04 fev, 2021 RAM 13:02
    Os portugueses são assim. O povão é bom, claro que pelo meio temos os chico espertos, bandidos...mas estão em minoria.

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