04 fev, 2021 - 14:02 • José Pedro Frazão , Cristina Nascimento
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O pico da terceira vaga foi atingido a 28 de janeiro. É o que revela um estudo da COTEC Portugal e NOVA Information Management School.
“A partir de agora a nossa expectativa é que continue a descer progressivamente. Acreditamos que algures na próxima semana, a 7 de fevereiro, já só teremos uma prevalência de 160 mil casos [ativos]", diz à Renascença Pedro Simões Coelho, presidente do conselho científico da Nova Information Management School e coordenador científico do projeto.
"Nessa altura, provavelmente os internamentos e os internamentos em cuidados intensivos já estarão em fase descendente", acrescenta Pedro Simões Coelho.
Para 7 de fevereiro, as previsões deste estudo apontam ainda para um número total de mortes que deverá ascender a 13.700 e que o máximo de mortes diárias "terá sido atingido a 30 de janeiro com cerca de 300 mortes/dia.
Ainda segundo este estudo o Rt (indicar de transmissibilidade) "está neste momento ligeiramente abaixo de 1 e só deverá descer abaixo de 0.8 na segunda metade de fevereiro, altura em que deveremos atingir a barreira de segurança dos 5.000 casos diários”.
Questionado sobre se estes resultados são consequência do confinamento mais severo decidido pelo Governo, este especialista considera que "é uma mistura entre o resultado das decisões individuais dos portugueses, que decidiram restringir os seus comportamentos e mobilidade, e também naturalmente as decisões que foram tomadas, nomeadamente com o reforço das medidas de confinamento", entre as quais, o encerramento das escolas.
O estudo refere que "a alteração das medidas de confinamento, nomeadamente as associadas ao encerramento das atividades escolares presenciais e a consequente redução de mobilidade, terão contribuído para uma diminuição da taxa de transmissibilidade do vírus em 35% a 40%, no espaço de uma semana".
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.269.346 mortos resultantes de mais de 104,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo.
Em Portugal, morreram 13.257 pessoas dos 740.944 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.