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Covid-19

Mais vacinas. Hospitais privados recebem mais 6.100 doses da Moderna

05 fev, 2021 - 10:59 • Cristina Nascimento com Lusa

Primeiro-ministro e ministra da Saúde agradeceram colaboração do setor privado na luta contra a pandemia.

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O primeiro-ministro António Costa revelou que “esta semana vão ser distribuídas mais de 6.100 doses da vacina da Moderna para os profissionais de saúde dos privados”.

O anúncio foi feito na visita às instalações do novo hospital do Grupo CUF.

Nesta ocasião, Costa considerou ainda que Portugal já atingiu “ponto de estabilização” do número de doses de vacinas semanalmente, reforçando que “devem ser reservadas exclusivamente a quem é prioritário”.

Relembrou que “só retomaremos a normalidade quando pelo menos 70% da população estiver vacinada”, meta que, se houver disponibilidade de vacinas, será atingida até ao fim do verão.

O primeiro-ministro aproveito a visita ao hospital CUF Tejo para agradecer a parceria entre setores privado e público e fez as contas ao número de acordos em vigor. "Temos 53 acordos em todo o país com instituições dos setores privado e social, 13 dos quais, especificamente, para tratamento de doentes covid-19. No momento em que cada cama é absolutamente essencial, a existência de mais 300 camas disponibilizadas pelo setor privado no seu conjunto é muito importante", frisou.

Costa sublinhou ainda que haverá ainda mais 700 camas disponibilizadas pelo privado para o atendimento de doentes não Covid-19 que necessitam de tratamento.

Acelerar produção de vacinas precisa-se

"Há uma realidade que temos todos de compreender, já que estamos todos dependentes a montante da produção por parte da indústria. Foi muito importante a União Europeia ter conseguido fazer uma compra conjunta de vacinas. Estamos já a ver a dificuldade relativa à execução dos contratos", observou ainda Costa.

Mas António Costa foi ainda mais longe neste ponto: "Imaginemos que em vez de um contrato para a aquisição de vacinas por parte da Comissão Europeia, em competição com os Estados Unidos ou Reino Unido ou Japão, estavam agora os 27 Estados-membros da União Europeia a lutar uns contra os outros, como aconteceu em março passado em torno de máscaras".

"É fundamental que a indústria consiga aumentar a capacidade de produção e é bom saber que a Pfizer já tem acordos com outras farmacêuticas e é essencial que a AstraZeneca o faça também, assim como a Moderna. Só retomaremos a normalidade quando pelo menos 70% de nós estivermos vacinados e a imunidade de grupo atingida", acrescentou.

O plano de vacinação contra a Covid-19 começou a 27 de dezembro. Neste momento, continua a ser cumprida a primeira fase do plano, na qual está prevista a vacinação de profissionais de saúde prioritários, utentes e profissionais em lares de idosos e nas unidades de cuidados continuados, funcionários de serviços essenciais (entre os quais os titulares de órgãos de soberania), idosos com mais de 80 anos e maiores de 50 com determinadas patologias associadas.

Esta primeira fase do plano de vacinação vai prolongar-se até abril.

A segunda fase da vacinação está prevista abranger todos os maiores de 65 anos e os maiores de 50 com determinadas patologias (diferentes das abrangidas na primeira fase) e a terceira fase, ainda sem data para começar, vai alargar a vacinação ao resto da população.

Na quinta-feira, Portugal registou 225 mortes relacionadas com a Covid-19 e 7.914 casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia, morreram em Portugal 13.482 pessoas, num total de 748.858 casos de infeção confirmados.

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