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Covid-19

Livrarias reagem a decreto de Marcelo. “O livro é um bem essencial e tem de estar disponível”

11 fev, 2021 - 12:01 • Marta Grosso com redação

No decreto que renova o estado de emergência até dia 1 de março, o chefe de Estado abre a possibilidade de as livrarias voltarem a abrir portas. “Não faz nenhum sentido que os livros se vendam fora das livrarias e não se possam vender dentro das livrarias”, defende a RELI.

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A Associação de Editores e Livreiros diz que é um pequeno passo, mas é um passo positivo o decreto do Presidente da República sobre o novo estado de emergência. É a opinião dos representantes da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e da Rede de Livrarias Independentes (RELI).

Pedro Sobral, vice-presidente da APEL, diz à Renascença que o argumento sanitário para que as livrarias estejam fechadas não colhe.

“Gostaríamos de também começar a perceber quando é que as livrarias podem abrir, pelo menos ao postigo, porque os argumentos anteriores continuam válidos. Não nos parece que a questão sanitária tenha aderência, porque não nos parece que vá haver grandes filas à frente das livrarias e, segundo, porque de facto o livro é um bem essencial e precisa de estar disponível”, defende.

Segundo este responsável, “o segmento ou o canal de livrarias – e aqui falo das redes livreiras e das livrarias pequenas ou grandes, independentes ou não independentes, onde eu também incluo as tabacarias e papelarias que, a partir do momento em que o Governo executa isto, poderão vender os livros que têm – é o canal mais importante do mercado livreiro”.

“As livrarias independentes, per si, representam 1,2% dos pontos de venda, 3% da faturação”, acrescenta.

E também aqui há um sentimento de esperança face ao próximo estado de emergência. José Pinto, representante da Rede de Livrarias Independentes, diz que, no decreto de Marcelo Rebelo de Sousa, não há uma proibição clara da medida. Aguarda, por isso, com expectativa a decisão do Governo.

“As livrarias devem abrir, porque não faz nenhum sentido, do meu ponto de vista, pessoal e coletivo, que os livros se vendam fora das livrarias e não se possam vender dentro das livrarias. Não tem sentido nenhum”, critica.

A Rede de Livrarias Independentes (RELI) defende a reabertura das livrarias e espera que a medida chegue nos próximos dias.

O 11.º diploma do estado de emergência é votado nesta quinta-feira no Parlamento e traz algumas novidades, como a definição de um plano faseado de reabertura das aulas presenciais e limites ao ruído em certos horários nos edifícios habitacionais.

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