12 fev, 2021 - 16:59 • Lusa, com redação
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, receberam esta sexta-feira a primeira dose da vacina para a Covid-19.
Marcelo Rebelo de Sousa "recebeu hoje a primeira dose da vacina contra a covid-19, no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa", avança a Presidência da República, em comunicado.
O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas "deverá receber a segunda dose ainda antes da posse a 9 de março", adianta o gabinete de Marcelo Rebelo de Sousa.
Ferro Rodrigues também recebeu a vacina no Hospital das Forças Armadas, disse à agência Lusa fonte oficial do gabinete do presidente do parlamento.
A mesma fonte adiantou à agência Lusa, embora sem especificar, que "também já se iniciou a vacinação contra a covid-19 de outros deputados".
Na informação sobre vacinas divulgada diariamente, a Direção-Geral da Saúde (DGS) revela que até ao fim do dia de ontem já existiam 157.604 pessoas em Portugal vacinadas contra a doença (duas doses tomadas) e outras 310.715 já receberam a primeira dose. No total, já foram administradas 468.319 vacinas.
O boletim diário da Direção-Geral da Saúde aponta para mais 149 mortos e 2.854 infetados com Covid-19 nas últimas 24 horas.
Portugal ultrapassou esta sexta-feira as 15 mil mortes desde o início da pandemia (15.034) e regista a maior descida nos doentes hospitalizados.
Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República nas eleições presidenciais de 24 de janeiro passado, com 60,67% dos votos expressos, e iniciará o seu segundo mandato de cinco anos no dia 9 de março - daqui a 25 dias.
Reportagem
Todas as semanas, chegam novas pessoas abalroadas (...)
A vacinação contra a covid-19 em Portugal começou em 27 de dezembro, abrangendo primeiro profissionais de saúde envolvidos na resposta a esta doença, e estendendo-se depois a profissionais e residentes em lares de idosos e unidades de cuidados continuados.
A primeira fase do plano de vacinação inclui também profissionais das Forças Armadas, forças de segurança e serviços considerados críticos.
Entretanto, começaram a ser vacinadas pessoas com 80 ou mais anos de idade e com 50 ou mais anos e patologias associadas.
Em 25 de janeiro, um dia depois das eleições presidenciais, foi divulgado que os titulares de órgãos de soberania iriam começar a ser vacinados em breve, incluídos nos serviços críticos, e que o primeiro-ministro tinha elaborado um despacho solicitando a cada órgão de soberania que estabelecesse as suas prioridades para a vacinação.
Segundo fonte de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu ao primeiro-ministro no dia 2 de fevereiro e, tratando-se de titular único de órgão de soberania, indicou para a vacinação, além de si próprio, os profissionais de saúde que trabalham na Presidência da República: um médico e duas enfermeiras.
Os conselheiros de Estado e representantes da República já constavam da listagem do primeiro-ministro, referiu a mesma fonte.
No dia 28 de janeiro, quando falou ao país após mais uma renovação do estado de emergência, o Presidente da República fez alusão à polémica sobre a quantidade de titulares de cargos políticos ou de funcionários de órgãos de soberania que seriam vacinados já nesta fase.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "ninguém de bom senso quereria fazer passar centenas ou um milhar de titulares de cargos políticos, ou de funcionários, por muito importantes que fossem, de supetão, à frente de milhares de idosos, com doenças as mais graves, e, por isso, de mais óbvia prioridade".
[notícia atualizada]