13 fev, 2021 - 10:27 • Susana Madureira Martins , Sofia Freitas Moreira , Daniela Espírito Santo
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O primeiro-ministro António Costa voltou a reiterar que, "mais do que a vacina", é o "comportamento de cada um de nós que trava a expansão da pandemia" de covid-19.
"Por mais vacinas que existam, é indispensável não descurar os cuidados que sabemos que temos de ter. São absolutamente essenciais para continuarmos a prevenir a expansão da pandemia", assinala o primeiro-ministro, que está a acompanhar, este sábado o início da vacinação das forças de segurança contra a SARS-CoV-2.
Relembrando o "processo longo" e a "luta que temos pela frente pelos próximos meses", o primeiro-ministro referiu que, até abril, o Governo quer vacinar "um milhão e 400 mil portugueses, entre aqueles que estão nos grupos de risco prioritários, entre aqueles que prestam serviço nos serviços essenciais, para assegurar o funcionamento normal do Estado e a proteção dos portugueses".
O primeiro-ministro alertou ainda para a exigência da próxima fase, por ser uma altura em que, apesar de o país começar a "dispor de um maior número de vacinas e alargar sucessivamente o universo de portuguesas e portugueses a ser vacinados", trata-se de "um processo longo e, por isso, exige que até lá ninguém baixe a guarda e ninguém diminua a exigência de proteção".
Este sábado, António Costa e o ministro da administração interna visitam o Quartel de Conde de Lippe, um dos locais onde decorre o processo de vacinação contra a Covid-19 dos efetivos da GNR e PSP.
O primeiro-ministro e o ministro da administração interna seguiram, posteriormente, para a USF do Areeiro, um dos locais onde é feita a vacinação dos bombeiros. Já no local, Eduardo Cabrita reiterou que, durante as próximas duas semanas, serão vacinados 15 mil bombeiros, "entre sapadores, voluntários e municipais".
"Estamos a dar continuidade a uma fase essencial de vacinação que assinala a transição da vacinação da área dos profissionais de saúde para a área das funções essenciais do Estado", disse, elogiando o papel dos bombeiros na "resposta à pandemia", pois "demonstraram uma capacidade de resposta essencial para o sentimento de segurança coletiva".
"Os bombeiros estão ainda na resposta da saúde pública e têm um papel fundamental nas ações de desinfeção, nas ações de prevenção e uma presença no apoio às populações que é por todos conhecido". Desta forma, foram identificados "como prioridade" e vacinados a partir de quinta-feira. Esta medida serve, assim, como símbolo de "confiança que temos de dar a estes profissionais e voluntários, que estão na primeira linha" e cuja "capacidade de resposta e operacionalidade" estiveram "sempre em pleno" durante o combate à pandemia.
Já António Costa explicou que os bombeiros estão agora a ser vacinados "para garantir que temos a capacidade de continuar a proteger quem tem de ser protegido". Aproveitando a ocasião, assegurou que terminamos esta semana "a grande campanha de vacinação de utentes e funcionários de lares" e que para a semana teremos um reforço de cem mil vacinas destinadas a pessoas com mais de 80 anos (fora dos lares) e maiores de 50 com doenças associadas.
As visitas de Costa e Cabrita este sábado marcam, igualmente, um período em que, como indica o ministro da administração interna, o país "atingiu o meio milhão de inoculações".
António Costa garantiu, também, que ainda não foi vacinado e que não sabe quando tal acontecerá, mas assegura que não será segredo. "Quando chegar a minha vez lá estarei para dar o ombro à vacina", admite.
"Como sabe, depende do número de doses, da idade, eu felizmente ainda tenho menos de 65 anos e serei provavelmente vacinado com a vacina da Astrazeneca. Os serviços de saúde vão organizando isso e quando for a minha vez lá estarei para dar o ombro à vacina", assegurou.