14 fev, 2021 - 09:59 • Marina Pimentel , Daniela Espírito Santo
O autarca de Ponte da Barca, Augusto Marinho, protesta este domingo contra o encerramento da fronteira da Madalena. Num gesto simbólico, promete retirar as grades e sinalética na fronteira para mostrar a posição da autarquia quanto à decisão.
No seguimento do anúncio por parte do Governo da reabertura das Fronteiras de Melgaço e Montalegre, o presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, realiza, ao final desta manhã, um protesto contra a alegada intenção por parte do Governo de manter o encerramento da fronteira da Madalena e diz que decisão se deve a "ignorância do Governo" ou a "perseguição política".
"[Decisão] Só pode atribuir-se a dois factores: ou a um desconhecimento total da nossa realidade ou a uma gestão com contornos políticos", defende.
Marinho assegura que a fronteira em questão "é uma fronteira com muito movimento, quer ao nível de trabalhadores transfronteiriços, quer ao nível de transportes de mercadorias, pela sua posição estratégica". Para além disso, "é uma fronteira que não tem alternativa", o que obriga quem antes tinha de fazer dez quilómetros, agora fazer 500, indica.
"Um trabalhador transfronteiriço tem de andar por dia mais 500 quilómetros quando está face a Lobios, que é o concelho fronteiriço do lado de Espanha, que está a cerca de dez quilómetros", assegura.
Em declarações à Renascença, Augusto Marinho assegura que já explicou ao ministro da tutela o impacto económico e social desta decisão para quem tem de passar a fronteira para trabalhar mas, como o Governo não ouviu, lança agora o apelo ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.