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Sindicato prolonga greve nacional na educação pelo menos até 19 de fevereiro

14 fev, 2021 - 18:43 • Lusa

Entre 15 e 19 de fevereiro, o sindicato afirma que não estão garantidas condições de segurança para profissionais e alunos que estão nas escolas de acolhimento.

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O Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P.) anunciou este domingo o prolongamento, durante a próxima semana, da greve nacional de profissionais de educação, convocada para proteger a comunidade escolar do risco de covid-19 por falta de condições de proteção.

Atribuindo à “irresponsabilidade do Governo” a explicação para o prolongamento da greve entre 15 e 19 de fevereiro, o sindicato afirma que não estão garantidas condições de segurança para profissionais e alunos que estão nas escolas de acolhimento, enumerando falta de acrílicos de separação entre alunos e entre alunos e professor e falta de testes de diagnóstico, criticando ainda a exclusão dos profissionais das escolas dos grupos de vacinação prioritários.

“Esta greve nacional de 15 a 19 de fevereiro, além de pressionar o governo a melhorar as condições, continuará a permitir que os Profissionais de Educação que sintam a sua saúde/vida em risco a possam salvaguardar”, escreve o S.T.O.P. em nota hoje divulgada, na qual admite que possa ser novamente prolongada.

A estrutura sindical aponta ainda a falta de meios, nomeadamente informáticos, para garantir condições para o ensino à distância.

Num balanço da semana de greve feito à Lusa na sexta-feira, André Pestana, coordenador do sindicato que representa professores, mas também outros profissionais das escolas, admitiu que na grande maioria das cerca de 700 escolas de acolhimento “tem imperado o bom senso” no momento de selecionar quem deve ir trabalhar presencialmente.

No entanto, disse ouvir relatos de “colegas que continuam a ser chamados para ir trabalhar em escolas que não estão preparadas, porque não há separadores entre alunos e professores ou porque consideram que a higienização dos espaços é insuficiente”.

O sindicalista disse ser difícil fazer um balanço da primeira semana de greve.

“Esta greve é diferente de todas as outras, porque não pretende parar escolas ou suspender o ensino à distância, serve sim para dar uma ferramenta e salvaguardar esse direito dos trabalhadores”, sublinhou André Pestana, considerando que basta terem aderido “10 ou 20 pessoas para já ter valido a pena”.

Cerca de 1,2 milhões de alunos do pré-escolar ao 12.º ano voltaram a ter aulas na segunda-feira, agora através de ensino à distância, à semelhança do que aconteceu no ano passado.

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  • Cidadao
    14 fev, 2021 Lisboa 19:14
    Pelo menos em relação à vacinação e aos professores serem prioritários, tem de se concordar com o STOP. Um dos mais envelhecidos corpos docentes da Europa, carregado de depressões, hipertensão, diabetes, que lida com alunos em espaços acanhados - as turmas nunca diminuíram de tamanho e o mito de que "as crianças não apanham o Covid, já caíu - não devia ficar para as calendas em termos de vacinação.

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