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Covid-19

​Escolas “atentas” mas sem conhecimento de abandono escolar devido à pandemia

18 fev, 2021 - 10:56 • João Cunha

Federação Nacional de Educação diz que, a confirmarem-se os casos, são situações difíceis de reverter.

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O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas garante que a escola publica está muito atenta a um possível aumento da taxa de abandono escolar, decorrente da pandemia.

Em declarações à Renascença, Filinto Lima adianta, no entanto, que, para já, não tem dados que possam assegurar que há alunos a abandonar o ensino, por problemas ligados direta ou indiretamente à pandemia, um cenário admitido pela presidente do Conselho Nacional de Educação.

“Nós, na escola pública, não só no ensino à distância, mas sobretudo no ensino à distância, estamos muito atentos a essa situação de abandono escolar. Porque, como eu disse, este tipo de ensino pode potenciar o aumento de uma taxa que desceu para valores históricos, da qual nos orgulhamos e não queremos que volte a subir”, explica Filinto Lima.

Em contexto de pandemia ou fora dele, os professores e diretores de turma “tem feito o que sempre fazem”, sempre que suspeitam que um aluno possa querer abandonar o ensino, garante.

“Há um contacto direto, muitas vezes telefónico, entre o diretor de turma e o encarregado de educação” para que se evite esse problema.

Também ouvida pela Renascença, a Federação Nacional de Educação diz que para já também não chegaram casos concretos de abandono escolar. Contudo, João Dias da Silva admite que esse tem sido um dos receios da FNE.

“Temos efetivamente esse receio, que as escolas não consigam contactar os alunos e que alguns deles, com dificuldades em contactar com a escola, “quer por falta de meios (equipamento e acesso à rede), possam diminuir a sua ligação à escola e que isso possa constituir fator de abandono escolar”, explica o dirigente.

Dias da Silva admite ainda que, a existirem esses casos, pode não ser fácil impedir esses abandonos.

“Não é uma circunstância fácil de resolver, do dia para a noite. Aquilo que não foi feito pelo Ministério da Educação foi garantir que todos os alunos tivessem equipamento e condições de acesso à rede”, refere.

O dirigente da FNE admite que da parte das escolas “tem havido preocupação muito grande para manter a ligação com os alunos”, mas admite que essa possa ser uma missão difícil, em algumas circunstâncias.

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