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Covid-19

Menos 11,5 milhões de consultas presenciais nos centros de saúde em 2020

19 fev, 2021 - 00:01 • Beatriz Lopes , Inês Braga Sampaio

Números Movimento Saúde em Dia mostram o impacto do combate à pandemia da Covid-19 nos serviços de saúde em Portugal, tanto em centros de saúde como a nível hospitalar.

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Foram realizados menos 11,5 milhões de contactos presenciais médicos e de enfermagem nos centros de saúde em 2020, por comparação com o ano anterior. Trata-se de uma redução de 28,1%.

Os dados são do Movimento Saúde em Dia, criado pela Ordem dos Médicos e pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, analisados a partir dos números oficiais do Portal da Transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Mostram o impacto da luta contra a pandemia da Covid-19 nos cuidados de saúde em Portugal.

A nível de cuidados de saúde primários, houve uma queda de 38,2% nas consultas médicas presenciais (de 20,6 para 12,7 milhões) e de 36,7% nas consultas médicas ao domicílio (197 para 124 mil). Por outro lado, houve uma clara subida no número de contactos médicos não presenciais: passaram de 9,2 para 18,5 milhões (101,5%).

Mínimo em abril e pico em novembro


Foi em abril de 2020, a meio do primeiro estado de emergência (durou de 19 de março a 2 de maio), que se verificou o menor número de consultas médicas presenciais: 1,96 milhões, contra as 2,43 registadas em 2019.

Em novembro de 2020, segundo mês da segunda vaga da pandemia do novo coronavírus e quando surgiam milhares de novos casos por dia, houve o maior número de consultas médicas presenciais: 3,28 milhões, contra os 2,55 milhões do ano anterior (mais 28,6%).

No total do ano passado, houve menos 7,9 milhões (38,2%) de consultas médicas presenciais nos centros de saúde e uma redução de 3,6 milhões (17,9%) nos contactos presenciais de enfermagem.

Também a nível hospitalar se sentiram os efeitos da pandemia da Covid-19 nos cuidados de saúde, com menos de 3,4 milhões de contactos em 2020, face a 2019,

A quebra acentuada de cuidados médicos presenciais sentiu-se tambéma nível hospitalar, com menos 3,4 milhões (17,6%) de contactos em 2020, entre consultas (menos 31,3%), cirurgias (18,0%) e urgências (10,6%).

Em sentido contrário, o número de contactos por telemedicina disparou: de 29,8 mil em 2019 para 44,5 em 2020, uma subida de 49,6%.

Também foi notório o impacto do novo coronavírus nos meios complementares de diagnóstico e terapêutica, cujos dados alongam-se apenas até novembro de 2020.

Foram realizados, no ano passado, menos 25 milhões (25,4%) de exames e análises relativamente a 2019. A especialidade mais afetada, em termos percentuais, foi a otorrinolaringologia, com menos 48,5%. A maior queda, a nível absoluto, pertenceu à medicina física e reabilitação, com menos 12,4 milhões atos do que em 2019.

A realização de rastreios a doenças oncológicas sofreu igualmente com a combate ao SARS-CoV-2.

Após o final de 2020, há menos 20,7% de mulheres com registo de realização de rastreio ao cancro da mama e menos 11,6% com o rastreio ao cancro do colo do útero atualizado. Também houve menos 7,1% de utentes inscritos com rastreio ao cancro do cólon e reto efetuado.

Dados que mostram o efeito que a pandemia da Covid-19 teve nos cuidados de saúde em Portugal.

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  • ANTÓNIO GONÇALVES FE
    19 fev, 2021 QUEIJAS 14:14
    O Governo desvalorizará é uma média rondando 1 consulta por ano a cada Português equivalentes a 240 mil dias de trabalho de 8 horas/dia se cada consulta só demorasse 10 minutos.
  • Maria
    19 fev, 2021 Palmela 10:46
    Mas a eutanasia serve pra que? Os medicos tem a faca e o queijo nas maos!

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