24 fev, 2021 - 13:00 • Paula Caeiro Varela com redação
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Para agilizar o processo de vacinação nacional, o coordenador do plano admite ir buscar aos centros de saúde enfermeiros para centros de vacinação rápida. A hipótese foi deixada numa audição da comissão de saúde da Assembleia da República.
Os testes já feitos permitem prever uma triplicação da capacidade de vacinação por hora, diz o vice-almirante Gouveia e Melo, o que será necessário a partir de abril, se todos os prazos de entregas de vacinas forem cumpridos.
O coordenador da “task force” apontou para duas soluções face à necessidade de aumentar o ritmo de inoculações no segundo trimestre. “Há dois caminhos: manter os centros de saúde a funcionar como estão, usar essa capacidade das 70 mil vacinas por dia e ir encontrar outros enfermeiros no sistema de saúde para fazer processos de vacinação rápida; a outra solução é desviar parte desses enfermeiros em centros de saúde e metê-los em centros de vacinação rápida, onde a eficiência de vacinação é maior e aumenta, consequentemente, o número de vacinas que podem ser dadas por dia.”
Nesta intervenção garante que o número de profissionais de saúde a trabalhar no setor privado vai aumentar nas próximas semanas. Para o responsável pela vacinação contra a Covid-19, não há nenhum travão a esse processo, apenas dificuldades na organização. “Isto é como uma tropa de reserva”, diz o vice-almirante, que permite ganhar resistência no combate à Covid-19.
Admitindo que tem “metido pressão” na Direção-Geral da Saúde e no Infarmed, Henrique Gouveia e Melo garante que a resposta tem sido dada, atempadamente, por estas instituições. E dá como exemplo as indicações relativas às sobras de vacina - não voltou a ter “sintomas” de novos problemas.
Revelou também já ter solicitado às Administrações Regionais de Saúde “metodologias para levar as vacinas às pessoas” idosas que se encontram isoladas ou acamadas, alertando que a vacinação contra a Covid-19 “não é só um processo de quantidade, também tem de ser um processo de qualidade”.
De acordo com o coordenador, a última previsão da chegada de vacinas a Portugal, fornecida pelo Infarmed em 19 de fevereiro, apontava para 2,5 milhões no primeiro trimestre, nove milhões no segundo trimestre, 14,8 milhões no terceiro e, finalmente, 9,5 milhões no quarto trimestre.
Henrique Gouveia e Melo, que esteve a ser ouvido esta manhã na comissão parlamentar de Saúde, foi rápido nas respostas, o que fez com que a duração da audição fosse bastante inferior ao que é habitual. Começou por volta das dez e meia da manhã e terminou antes do meio dia, com duas rondas de perguntas.
O coordenador da "task force" lembra que 70% de pr(...)