25 fev, 2021 - 19:01 • Redação
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Carlos Macedo e Cunha, colunista convidado do jornal Observador, admite ser o autor do falso plano de desconfinamento que começou a circular nas redes sociais como sendo um documento do Governo, mas garante que não teve responsabilidade na sua divulgação pública.
O consultor na área do enoturismo esclarece, numa mensagem publicada no Facebook, que de facto partilhou um esboço de “plano” num grupo fechado de amigos no WhatsApp e alguém, indevidamente, o meteu a circular nas redes sociais.
“Caros amigos. Sinto necessidade de vos dar aqui uma explicação porque estão provavelmente surpresos de ver o meu nome associado à autoria de um documento falso”, começa por referir Carlos Macedo e Cunha.
Este documento, sublinha, “não era mais que um pré-rascunho que estávamos num grupo fechado de amigos a elaborar, para transmitir algumas opiniões às entidades competentes, como o temos vindo a fazer até agora”.
“Acontece que não sabemos quem ou como, alguém deste grupo, partilhou esse pré-rascunho de forma incorrecta e sem autorização, sendo que o mesmo ainda estava a ser começado”, explica o colunista.
Governo reafirma que ainda não é o tempo de descon(...)
Carlos Macedo e Cunha diz que, como o documento tinha sido gravado no seu computador, é o seu nome que aparece associado ao falso plano oficial de desconfinamento.
“Um grave lapso, que põe em causa a saúde pública e o bom nome dos envolvidos”, conclui o consultor.
O gabinete do primeiro-ministro veio esta quinta-feira a público dizer que é falso um documento que circula nas redes sociais sobre o suposto plano oficial de desconfinamento e que vai apresentar queixa junto do Ministério Público.
"Encontra-se a circular um documento falso que apresenta um suposto plano de desconfinamento, imputado ao Governo, o qual consiste numa adulteração abusiva da tabela de desconfinamento divulgada em abril do ano passado", lê-se no comunicado.
Este documento não tem qualquer veracidade, não é da autoria do Governo, nem se baseia em qualquer trabalho preparatório, pelo que às informações constantes do mesmo não deve ser atribuída qualquer credibilidade. Pela desinformação e falsas expectativas que tal documento pode gerar, com o inerente risco para a saúde pública, esta falsificação será objeto de comunicação ao Ministério Público", acrescenta a nota.
O texto acrescenta que o Governo está "a preparar os futuros passos de desconfinamento, que serão dados em devido tempo, em articulação com a estratégia de testagem e o plano de vacinação". No entanto, acrescenta, "é inoportuno proceder nesta fase a qualquer apresentação ou discussão pública sobre o tema".
"Este não é ainda o momento do desconfinamento", reforça a nota.