25 fev, 2021 - 14:33 • Vítor Mesquita , com redação
Ainda não será nos próximos 15 dias, mas o ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, defende que o regresso às aulas presenciais deve acontecer logo que seja possível.
Em declarações à Renascença, Manuel Heitor diz que o contacto entre estudantes e professores é “insubstituível”.
“Esperemos que sejam retomadas logo que possível. Temos que estar muito atentos, esta é uma evolução que de 15 em 15 dias vai evoluindo, mas estou certo que poderão vir a ser retomadas como está a ser enquadrado noutros países”, afirma o governante.
“Nada substitui o ensino presencial e temos de estar atentos para, na primeira oportunidade, poder retomar o ensino presencial, porque sabemos que é particularmente crítico e importante. E se foi importante fechar, é importante agora, logo que possível, abrirmos e garantirmos a presença e o contacto entre estudantes, entre estudantes e investigadores, com os docentes e com a sociedade de uma forma geral”, sublinha.
Reitores
Presidente do Conselho de Reitores das Universidad(...)
Sobre os receios manifestados pela reitora da Universidade Católica, quanto às possíveis fraudes nas avaliações num contexto de aulas online, o ministro Manuel Heitor considera que é possível contornar essas dificuldades.
“Temos todos que nos adaptar a esta situação a esta nova situação e acreditarmos nos outros. Estou certo que as instituições têm a capacidade necessário para avaliar os seus estudantes e questões de existência ou não de fraude sempre foram resolvidas pelas comunidades académicas, e acho que temos que acreditar que isso se resolve. Isso não pode ser um entrave, mas um estímulo à adoção de novos sistemas e de uma relação de confiança, que não podia deixar de ser outra, entre estudantes, docentes e instituições académicas.”
Esta quinta-feira, foi aprovado o grande laboratório de investigação clínica em Portugal, que vai juntar mais de 220 investigadores doutorados e 120 estudantes de doutoramento.
Ciências cardiovasculares, cancro, doenças inflamatórias e degenerativas ou saúde comunitária são algumas das suas linhas de investigação.
Em declarações à Renascença, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior considera que “este é um passo importante para as instituições portuguesas participarem mais e melhor nas principais redes europeias no combate às pandemias”.
“O reforço na área da investigação de translação e clínica, com dois novos laboratórios, inclui a participação ativa nessas redes europeias, onde certamente aparecerão novos medicamentos, terapêuticas e, porventura, novas vacinas”, destaca Manuel Heitor.