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Groundforce. PCP pede renacionalização e "medidas de imediato" para regularizar salários

05 mar, 2021 - 21:53 • Lusa

Comunistas consideram que “nada justifica que os salários não sejam imediatamente pagos” e denunciam o que classificam como "operação de chantagem sobre os trabalhadores, que terá como objetivo último o aproveitamento desta situação para reduzir no futuro ainda mais o preço da força de trabalho”.

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O PCP exige “medidas no imediato” para o pagamento dos salários em atraso na Groundforce e a “renacionalização da empresa”, integrando-a na “estratégia de desenvolvimento da TAP” e do setor da aviação civil.

Em comunicado, num dia em que circularam versões desencontradas entre os acionistas privados e o Governo sobre o conflito na empresa, o PCP considerou “inaceitável” o não pagamento dos salários na SPDH/Groundforce, que tem cerca de 2.400 trabalhadores.

Os comunistas recordam que a empresa “resulta da separação e privatização (por duas vezes) da Assistência em Escala da TAP” e que é “perfeitamente viável”, apesar de estar a ser “afetada pela pandemia que atingiu o setor aéreo há um ano”.

O PCP, lê-se ainda no comunicado, “reafirma que a solução de fundo para o problema que agora se revelou, é a da adoção das medidas que no imediato assegurem o pagamento dos salários e a renacionalização da empresa, integrando-a numa estratégia de desenvolvimento da TAP e do setor da aviação civil em Portugal”.

Segundo o comunicado dos comunistas, “nada justifica que os salários não sejam imediatamente pagos”, continuando-se “a assistir ao arrastamento, por parte do acionista privado (que detém 50,1% da empresa) e do Governo da solução que se impunha”.

“O que se tem verificado é uma operação de chantagem sobre os trabalhadores, que terá como objetivo último o aproveitamento desta situação para reduzir no futuro ainda mais o preço da força de trabalho” na empresa.

Na quinta-feira ao final da tarde, o presidente da Groundforce, Alfredo Casimiro, considerou que a resposta que recebeu do Governo à sua proposta para viabilizar a empresa é "insultuosa", constituindo uma "chantagem e um ultimato inaceitável".

Depois deste comunicado, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, marcou uma conferência de imprensa, na qual avisou que a TAP tem feito "um grande esforço para apoiar a Groundforce", mas chegou um momento em que "a TAP não pode continuar a fazer adiantamentos sem ter garantias".

O ministro garantiu ainda que "o Governo não tem qualquer intenção de nacionalizar a Groundforce", dizendo acreditar que "o acionista privado vai compreender" que tem de dar garantias à TAP para receber os adiantamentos pedidos.

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