05 mar, 2021 - 22:22 • Redação com Lusa
Os lares das misericórdias não registaram esta semana mortes por covid-19, “números espetaculares” que são “consequência direta da vacinação” e uma “queda abrupta” face aos 140 óbitos registados numa semana no início de fevereiro.
De acordo com Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), este é “um resultado fantástico que deve animar os portugueses”.
“Esta semana não se registaram óbitos. É ainda um relatório preliminar, pode acontecer que ainda se venha a verificar algum óbito, mas estamos perante números espetaculares, quando há cerca de um mês tivemos a lamentar 140 óbitos numa semana e, portanto, penso que isto é uma boa notícia para todos os portugueses e para todos os idosos que foram vacinados. É óbvio que é uma consequência direta da vacinação”, disse.
Previsão é avançada pelo presidente CNIS. Lino Mai(...)
A vacinação ainda não está concluída nos lares das misericórdias, havendo ainda alguns surtos que obrigam a adiar a vacinação de idosos e funcionários até estarem resolvidos, mas Manuel Lemos diz que, no global, se sente um efeito da vacinação também nas hospitalizações e novos casos, que estão em queda.
“Não significa com isto que temos de tirar o pé do acelerador em termos de guarda. Nós temos que continuar a manter a guarda alta, mas obviamente que são notícias que nos regozijam a todos”, disse.
Quanto a um alívio das medidas nos lares de idosos, o presidente das União das Misericórdias, diz ser preferível aguardar, "para que não tenham surpresas desagradáveis".
Contactado pela Lusa, o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), padre Lino Maia, disse não ter ainda números atualizados, mas sublinhou um “significativo decréscimo” no número de surtos.
Em Portugal, morreram 16.486 pessoas dos 808.405 casos de infeção pelo novo coronavírus confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.