08 mar, 2021 - 13:21 • Lusa
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O primeiro-ministro disse hoje ter "uma base científica mais sólida" para tomar decisões na resposta à pandemia de covid-19, depois de os peritos em saúde pública terem convergido sobre critérios na reunião no Infarmed.
"É importante encontrar uma metodologia que pudesse partilhar com a comunidade qual é a sustentação científica dos riscos diferenciados, porque isso ajuda toda a gente a perceber as medidas adotadas e facilita a adesão. Sinto-me com ferramentas para ter um processo de decisão mais sustentado", afirmou António Costa, acrescentando: "O decisor político fica a partir de agora habilitado a ter uma base científica mais sólida para tomar as suas decisões".
Numa curta intervenção no final dos trabalhos da reunião que juntou especialistas em saúde pública e políticos, o chefe do governo agradeceu às diferentes equipas que "apresentaram de forma diversa e tendencialmente convergente" um conjunto de critérios que "permitem mapear o processo de decisão" do executivo.
António Costa reforçou ainda o elogio aos especialistas pelo esforço de definição de uma plataforma comum de critérios e objetivos e que isso "corresponde ao apelo" que fez há cerca de um mês, possibilitando agora uma definição mais clara de um plano de desconfinamento após a terceira vaga da pandemia no país.
Na reunião desta segunda-feira na sede do Infarmed, em Lisboa, os especialistas definiram algumas linhas vermelhas para começar o processo de desconfinamento.
Os especialistas defenderam, por exemplo, que o desconfinamento só deve acontecer com incidência 60 casos por 100 mil habitantes e quando os cuidados intensivos tiveram cerca de 245 internadas com Covid-19.
Em Portugal, morreram 16.540 pessoas dos 810.094 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
[notícia em atualização]