08 mar, 2021 - 14:17 • Redação
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Portugal regista esta segunda-feira mais 25 mortes e 365 novos casos de Covid-19, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
É o valor mais baixo de novos casos desde 7 de setembro e de óbitos desde 28 de outubro.
Nos hospitais portugueses estão internados 1.403 doentes com Covid-19, uma redução de 11 pacientes nas últimas 24 horas.
Em unidades de cuidados intensivos há agora menos 12 internados, num total de 342 pacientes.
Portugal tem mais de 61 mil casos ativos do novo coronavírus, uma descida de 439 no espaço de um dia.
No final da reunião do Infarmed, Marta Temido diss(...)
Recuperaram da doença 779 pessoas nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, há um ano, mais de 732 mil pessoas ficaram curadas do novo coronavírus.
Há esta segunda-feira quase 24 mil pessoas em contactos de vigilância, uma descida de 1.632 no espaço de um dia.
Desde a detenção dos primeiros casos de Covid-19 em Portugal, a 2 de março do ano passado, estão confirmados 16.525 mortes e 810.459 infeções pelo novo coronavírus.
Numa análise por regiões, Lisboa e Vale do Tejo (LVT) tem mais 15 mortes e 162 novos casos e o Norte seis óbitos e 57 infeções.
A região Centro regista esta segunda-feira mais quatro mortes e 19 casos, o Alentejo 31 infeções e o Algarve 11 casos.
Nas regiões autónomas, a Madeira tem 78 casos e os Açores mais sete.
A DGS indica que, "dos dados apresentados da Madeira, 60% dos casos teve um período entre o diagnóstico e notificação superior a 48 horas, decorrente de intercorrências informáticas de um laboratório na região e que se encontram em processo de regularização".
A subida do risco transmissão de Covid-19, as novas variantes e a situação europeia em contraciclo com o contexto português "são ameaças que continuamos a enfrentar" para a próxima fase de desconfinamento, disse esta segunda-feira a ministra da Saúde, Marta Temido, no final da reunião com especialistas do Infarmed.
Em declarações aos jornalistas, a ministra não confirmou nem desmentiu as notícias com detalhes sobre o plano de desconfinamento que o Governo vai apresentar na próxima quinta-feira.
“O que é relevante é perceber o quadro à nossa volta. O contexto que temos leva-nos a não perder de vista as ameaças que continuamos a enfrentar: risco transmissão a subir, novas variantes e contexto europeu em contraciclo ao contexto português", sublinhou.
Já o primeiro-ministro disse ter "uma base científica mais sólida" para tomar decisões na resposta à pandemia de covid-19, depois de os peritos em saúde pública terem convergido sobre critérios na reunião no Infarmed.
"É importante encontrar uma metodologia que pudesse partilhar com a comunidade qual é a sustentação científica dos riscos diferenciados, porque isso ajuda toda a gente a perceber as medidas adotadas e facilita a adesão. Sinto-me com ferramentas para ter um processo de decisão mais sustentado", afirmou António Costa, acrescentando: "O decisor político fica a partir de agora habilitado a ter uma base científica mais sólida para tomar as suas decisões".
Na reunião desta segunda-feira na sede do Infarmed, em Lisboa, os especialistas definiram algumas linhas vermelhas para começar o processo de desconfinamento.
Os especialistas defenderam, por exemplo, que o desconfinamento só deve acontecer com incidência 60 casos por 100 mil habitantes e quando os cuidados intensivos tiveram cerca de 245 internadas com Covid-19.