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Covid-19

Reunião no Infarmed. Conheça as linhas vermelhas dos especialistas para o desconfinamento

08 mar, 2021 - 15:09 • Cristina Nascimento

Portugal apresenta um cenário de baixa incidência da doença, tendo o valor R mais baixo da Europa. Os especialistas identificam também já efeitos na vacinação e aconselham reabertura dos estabelecimentos de ensino da escolaridade mais baixa.

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Entre análise da situação atual, propostas de desconfinamento e indicadores que devem ser mantidos sob vigilância para garantir o controlo da pandemia, os especialistas que tomaram a palavra na 17ª reunião do Infarmed traçaram múltiplos cenários.

Portugal apresenta um cenário de baixa incidência da doença, tendo o valor R mais baixo da Europa. Os especialistas identificam também já efeitos na vacinação e aconselham reabertura dos estabelecimentos de ensino da escolaridade mais baixa.

Fique a conhecer 10 informações reveladas na reunião desta segunda feira, quando o país ainda atravessa o 12º estado de emergência.

  • Pandemia controlada

Os vários especialistas olharam para vários números do estado da pandemia em Portugal, entre os quais, a atual incidência da doença no país, o valor de transmissibilidade e o número de internados em cuidados intensivos. Todos estão de acordo que o cenário é positivo o que permite pensar numa reabertura do país. Portugal tem, por exemplo, neste momento o valor de transmissibilidade mais baixo da Europa, bem como os níveis de confinamento dos mais elevados, embora a mobilidade dê sinais de aumento.

  • O que significa manter a pandemia controlada

O epidemiologista Baltazar Nunes estabeleceu ainda critérios que devem ser considerados obrigatórios para considerar a pandemia controlada.

    • Taxa de incidência a 14 dias abaixo dos 60 casos por 100 mil habitantes
    • R(t) menor ou próximo de 1
    • Percentagem de casos positivos abaixo dos 4%
    • Atraso superior a 24 horas entre teste e notificação limitados 10%
    • 90% dos casos em isolamento e rastreios feitos em 24 horas
    • Taxa de ocupação em cuidados intensivos abaixo das 85% da capacidade criada após março de 2020, ou seja, 255 camas
    • Vigilância das variantes
  • Traçados cenários de desconfinamento

De acordo com o estado da pandemia, o epidemiologista Henrique Barros apresentou uma proposta de com cinco níveis de desconfinamento:

Nível 0 – sem medidas de confinamento, apenas medidas individuais não farmacológicas, como uso de máscara, distanciamento e lavagem das mãos;

Nível 1 – proibidas reuniões com mais de 50 pessoas;

Nível 2 – fechar cafés, restaurantes e comércio;

Nível 3 – interromper atividades de ensino presencial secundário e superior;

Nível 4 – interromper atividades de ensino presencial no básico e encerrar creches.

  • Reabrir pré-escolar e trabalho presencial sem contacto com o público

Raquel Duarte, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, apresentou também um esquema de desconfinamento, de acordo com a situação da pandemia. Perante os números atuais do país, esta especialista admite a hipótese, por exemplo, de reabrir estabelecimentos de ensino do pré-escolar, bem como trabalho presencial sem contacto com o público.

  • Desconfinar só a partir dos 60 casos por 100 mil habitantes a 14 dias

Outro especialista, Óscar Felgueiras, professor do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, defende que só quando se atingir os 60 casos por 100 mil habitantes a 14 dias ou próximo dessa meta é que devem ser aliviadas as medidas restritivas. Óscar Felgueiras considera que esta é “a situação atual”.

  • Efeitos da vacinação já se notam

A incidência de casos entre os mais de 80 anos ainda é relevante, mas já se notam os efeitos da vacinação, sobretudo ao nível dos internamentos em cuidados intensivos. A faixa etária dos 60 aos 69 anos é agora a maioritária neste tipo de unidades, adiantou André Peralta Santos, da DGS.

  • Variantes da Covid-19 em Portugal

O investigador do INSA João Paulo Gomes revelou que a variante do Reino Unido constitui cerca de 65% dos novos casos detetados em Portugal até à semana passada. Já as variantes de Manaus (Brasil) e África do Sul somaram novos casos em fevereiro. No total, há agora 11 casos da variante brasileira e 12 da variante sul africana. João Paulo Gomes alertou ainda para os perigos de uma outra mutação semelhante à variante da Califórnia que "está em 40 concelhos no país".

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  • Filipe
    08 mar, 2021 évora 17:03
    Isto é plena bruxaria e vidência baseada em cada cabeça sua sentença , factos tipo sondagem . Tem é que saber de onde estão a vir 1000 casos diários .

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