19 mar, 2021 - 12:53 • Manuela Pires , Marta Grosso
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) marcou para o dia 17 de abril uma manifestação de professores em frente ao Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.
O local foi escolhido por ser a sede da presidência portuguesa da União Europeia. Além disso, é muito grande, onde será possível cumpridas as regras de distanciamento e outras que estejam em vigor no âmbito da pandemia de Covid-19.
“O espaço é muito grande. O limite é o rio, mas em frente há muito espaço. Nós, com todas as normas que estiverem em vigor na altura – distanciamento, máscaras, tudo isso – convocamos os professores e os educadores para, com a sua insatisfação, a sua indignação, o seu protesto e sobretudo a sua exigência, estarem na rua nesse dia”, apelou nesta sexta-feira o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.
Numa conferência de imprensa digital, o sindicalista disse querer, assim, exigir ao Governo diálogo e negociação sobre várias matérias que não têm tido resposta por parte do ministro da Educação.
A Fenprof espera, pois, que cada escola ou agrupamento se fala representar na manifestação – ou seja, cerca de 800 pessoas.
Na conferência de imprensa desta manhã, Mário Nogueira exigiu mais uma vez ao Governo que divulgasse as escolas onde há casos positivos de Covid-19 e denunciou a existência de vários funcionários a ficar de fora das vacinas e dos testes.
“É preciso não esquecer que os alunos nas escolas não são só os professores e os trabalhadores não docentes. Há a questão do apoio à família no pré-escolar. E estes – muitos são professores, outros não são, mas estão a trabalhar com os alunos – não estão em muitas escolas a ser chamados nem para testes nem para vacinas”, apontou.
Sobre a vacinação nas escolas, que começa no final deste mês, Mário Nogueira diz não ter recebido qualquer informação sobre o processo, mas sabe que os professores querem ser vacinados e não mostram resistência à vacina da AstraZeneca.
“Conheço muitas pessoas, a começar no primeiro-ministro, mas outras amigas, familiares que já foram vacinadas com a AstraZeneca e não tiveram problema nenhum. O que nós temos visto é os professores a quererem que a vacina seja administrada”, garantiu.
Os professores começam a ser vacinados no fim de semana de 27 e 28 de março.
Reportagem
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