19 mar, 2021 - 21:18 • Redação
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O Infarmed enviou para os profissionais de saúde uma circular em que atualiza a informação sobre eventuais riscos associados à toma da vacina contra a Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca.
Em comunicado esta sexta-feira, a Autoridade Nacional do Medicamento indica que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) alterou a literatura relativa ao fármaco, remetendo para a alínea onde são detalhados os avisos e as recomendações especiais a ter em conta na toma desta vacina.
“Muito embora se trate de ocorrências muito raras, o comité [de segurança da EMA] recomendou que o resumo das características do medicamento e o folheto informativo desta vacina seja atualizado para incluir mais informação sobre estes riscos, em simultâneo com a distribuição de uma comunicação aos profissionais de saúde para os alertar para a possibilidade remota de ocorrência de alterações da coagulação” do sangue dos vacinados, adianta a circular do Infarmed.
Depois de uma recusa de toma, o doente pode sempre(...)
Nesse quadro, os profissionais são alertados para prestarem atenção particular a "casos de tromboembolismo, nomeadamente de coagulação intravascular disseminada ou de trombose dos seios venosos cerebrais".
Uma vez administrada a vacina, as pessoas deverão procurar ajuda médica imediata se desenvolverem sintomas como falta de ar, dor no peito, inchaço nas pernas, dor abdominal persistente, dor de cabeça intensa, hemorragias persistentes e manchas avermelhadas na pele.
O Comité de Avaliação do Risco de Farmacovigilância (PRAC) da EMA, insiste que a vacina da AstraZeneca é eficaz "na prevenção da hospitalização e morte por Covid-19" e que os benefícios da toma superam os riscos de desenvolver eventos tromboembólicos.
De resto, a bula da EMA remetida aos reguladores nacionais do medicamento indica que os eventos graves de coagulação aconteceram "muito raramente" entre os sete e os 14 dias após a vacinação, sobretudo em mulheres abaixo dos 55 anos.