24 mar, 2021 - 21:03 • Lusa
O antigo vereador da câmara de Torres Vedras Sérgio Galvão anunciou esta quarta-feira a sua candidatura à presidência desta autarquia do distrito de Lisboa pelo Movimento Cívico Unidos por Torres Vedras.
Em nota de imprensa, o antigo vereador do PS entre 2005 e 2016 e agora candidato independente diz ser "hora de regressar", por defender que "é preciso mais liderança, mais visão de futuro, estratégica, inteligível, geradora de empregos e de esperança".
Sérgio Galvão vai encabeçar a lista à câmara pelo Movimento Cívico Unidos por Torres Vedras, que surge da "evolução das relações entre sociedade e sistema político-partidário que conduziram ao bloqueio em várias áreas de intervenção cívica e política, limitando a liberdade de cada um participar democraticamente nos processos de decisão dos partidos". .
Nesse sentido, o movimento quer juntar cidadãos que se revejam nos princípios da "confiança, competência e credibilidade e encarem a sua participação ativa na vida pública sob os princípios da intervenção coletiva, ordenada, democrática, trabalhando em prol do bem comum e da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos que representam".
O movimento promete um "futuro melhor para o concelho e uma câmara municipal que tenha como prioridade servir e proteger".
Sérgio Galvão renunciou ao cargo de vereador das Finanças, Administração, Recursos Humanos, Empreendedorismo e Tecnologias da Informação e da Comunicação em outubro de 2016, ao fim de mais de 10 anos em funções, após a saída do então presidente da câmara Carlos Miguel para o Governo, no final de 2015.
Na altura, os pelouros foram assumidos pelo então vice-presidente de câmara, Carlos Bernardes, que veio a candidatar-se e a ganhar as eleições autárquicas de 2017.
Quando foi anunciada a renúncia de Sérgio Galvão, Carlos Bernardes afirmou que o vereador deixava a câmara numa "excelente situação financeira" ao ter reduzido o passivo financeiro em oito milhões de euros, assim como a dívida de curto prazo (de 17 para sete milhões) e a dívida de médio e longo prazo, que desceu 3,8 milhões de euros.
Sérgio Galvão saiu da câmara para ir trabalhar como diretor financeiro numa empresa privada do concelho, cargo que ocupa, segundo a justificação oficial dada na altura.
O cabeça-de-lista tem 49 anos, é licenciado em Gestão e presidente da direção da Associação de Educação Física e Desportiva. .
Nas últimas eleições autárquicas, o PS venceu em Torres Vedras, com maioria absoluta, elegendo seis elementos para o executivo, enquanto o PSD elegeu três.