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Bombeiros Sapadores de Santarém em greve reclamam pagamento de trabalho suplementar

01 abr, 2021 - 22:32 • Lusa

Os Bombeiros Sapadores de Santarém iniciaram esta quinta-feira um período de greve para que seja "reposta a legalidade do pagamento dos vencimentos" por parte da Câmara Municipal, protesto que se pode estender até maio e cujos fundamentos a autarquia contesta.

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Os Bombeiros Sapadores de Santarém iniciaram esta quinta-feira um período de greve para que seja "reposta a legalidade do pagamento dos vencimentos" por parte da Câmara Municipal, protesto que se pode estender até maio e cujos fundamentos a autarquia contesta.

"Iniciamos hoje esta greve porque os bombeiros estão revoltados e porque, apesar das várias tentativas para negociar, a Câmara Municipal de Santarém não nos deixou outra alternativa", disse à Lusa Ricardo Cunha, do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, tendo assegurado que "o socorro às pessoas está garantido", assim como "todos os serviços de Socorro Urgente" num problema que, notou, "sendo de ordem nacional, em Santarém chegou a este ponto".

Em causa está a "reposição do pagamento da média do trabalho suplementar realizado ao longo do ano", a "retribuição e o descanso compensatório do trabalho realizado em dia feriado" e a "abolição do banco de horas imposto aos Bombeiros Sapadores", numa greve que decorre numa corporação com "32 bombeiros sapadores, dos quais 19 ligados ao Sindicato" organizador do protesto, disse Ricardo Cunha.

Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores dá conta que a greve decorre entre as 19:00 de hoje e as 19:00 do dia 1 de maio, abrangendo todos os trabalhadores da carreira de Bombeiro Sapador (antigos Bombeiros Municipais) do município de Santarém "tendo em conta que foram realizados todos os esforços (...) para que fosse reposta a legalidade do pagamento dos vencimentos no que respeita à remuneração relativa ao trabalho suplementar".

Ricardo Cunha disse à Lusa que em causa podem estar verbas "entre os 150 e os 400 euros" e que a Câmara de Santarém "não só não repôs a legalidade destes pagamentos como o fazia até meados de 2020, como ainda se recusa a reunir novamente por forma a encontrar uma solução, pese embora as diversas interpelações, quer dos profissionais, quer da Associação Sindical, que aguardou sete meses depois de enviar um parecer ao município de Santarém".

"Não nos restava outra alternativa senão a de avançar para a greve", reiterou, tendo o Sindicato esclarecido que a greve "aplica-se somente aos serviços de transporte de doentes não urgentes, transferências inter-hospitalares, formaturas, formações, prevenções, limpeza e manutenção de viaturas e aquartelamento, serviços de logística e administrativos (exceto relatórios de ocorrências), representações, descontaminações e serviços de reforço, recorrendo a elementos que se encontrem de folga".

Em comunicado, o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, assegurou que o município "cumpre na íntegra e pontualmente o estipulado na Lei relativamente ao pagamento de todas as quantias devidas aos seus trabalhadores, nomeadamente, aos Bombeiros Sapadores de Santarém", e que "igualmente são assegurados todos os direitos legalmente previstos". .

No entanto, pode ler-se, "para que não subsistissem dúvidas quanto à atuação do município relativamente às reivindicações do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, foi solicitado (...) um parecer à CCDR LVT [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo] sobre essa matéria, o qual, logo que seja rececionado pelo município, será levado ao conhecimento dos interessados".

O autarca manifesta ainda "perplexidade e estranheza" pelo conteúdo do pré-aviso de greve emitido pelo SNBS, "quer quanto ao seu período temporal, quer quanto ao conteúdo dos serviços mínimos", tendo feito notar que "não é acautelado" e "não garante a prestação dos serviços de socorro à população no âmbito pré-hospitalar".

Ricardo Gonçalves afirma que "o bom senso deve prevalecer e que a garantia da prestação dos serviços de socorro e a vida das populações não pode, direta ou indiretamente, ser colocada em risco", e que, "na perspetiva do município, as negociações continuam a decorrer, pelo que nada justifica a convocação de uma greve a meio de um processo negocial".

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  • Luis Manuel Carreira da Silva
    02 abr, 2021 Santarém 22:25
    Quem tem razão eu não irei afirmar, no entanto sei que esta equipa responsável pelos Recursos Humanos, é líder neste tipo de abordagem, ou seja na falta de dialogo e no deixar passar o tempo, possivelmente a ver se esquece. É a mesma equipa que consegue manter técnicos superiores responsáveis pela avaliação de pessoal, que não a fazem, apesar dela ser obrigatória, e que com isso não sofrem consequências algumas. É a mesma equipa que perante os pedidos de arrastamento da nota, os indefere com alegações estapafúrdias e obriga os funcionários a apresentação de currículo para poderem ser avaliados, mas que cerca de 2 anos depois desses pedidos e por insistência, vem dizer que afinal o parecer da CCDR, era favorável ao funcionário e não era necessário o currículo. É a mesma equipa que andou a brincar com o sindicato mais representativo dos funcionários, ao ponto de ainda não termos assinado o acordo de trabalho em funções publicas, exatamente devido a pareceres que não foram pedidos, mas que serviram de desculpa para as reuniões adiadas e a falta de dialogo com os nossos representantes. E isto passa-se tudo num clima de intimidação e prepotência, onde pessoas que não tem formação jurídica ou de administração publica se dão ao luxo de rebaixar e tentar fazer prevalecer a sua lei, ou seja aquela que lhe dá mais jeito. Por isso força, ignorem os lambe botas que umas vezes dizem uma coisa outras vezes outra, e defendam aquilo que é vosso por direito. Quem não tem rabos de palha, nem

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