06 abr, 2021 - 06:30 • Liliana Carona
Semear batatas enquanto atividade turística é a proposta de Rodrigo Nogueira, aluno de 12º ano do curso de Turismo Ambiental e Rural, da Escola Secundária de Arganil.
“No meu projeto, quero que os turistas participem em atividades agrícolas, como plantar batatas, milho, alface, tomates, couves, tratar dos animais, coisas ligadas a uma quinta”, explica o estudante de 18 anos, que acrescenta que, no dia 23 de abril à noite, “haverá espaço para a contemplação das estrelas”, numa atividade de astronomia, em Aigra Velha.
No contexto de pandemia, e por se tratar de um projeto-piloto, o programa turístico onde participam os alunos da Escola Secundária de Arganil vai ser apresentado, para já, apenas às entidades locais.
Mariana Teixeira, professora e diretora do curso de Turismo Ambiental e Rural, explica que incentivou os alunos “a mostrar a importância que o curso tem para a região, no sentido de ceder o projeto às juntas e às autarquias, porque estas visitas são diferentes da oferta já existente”, garante a professora, sublinhando que “o Interior do país tem de responder, tem de ter capacidade para criar emprego, atrair investimento, reter e seduzir população e o turismo é o caminho apontado para essa estratégia”.
Mariana Teixeira resume que “o interior do país é identificado como o luxo do século XXI, muito também pela qualidade ecológica e ambiental que o caracteriza. E esta última crise – a pandémica – veio aumentar ainda mais a procura por este tipo de destinos turísticos”, assegura.
Jéssica Paiva, 17 anos, tem preparados percursos de bicicleta na Pampilhosa da Serra para o dia 19 de abril.
“Percursos que apostam na divulgação do património, cultural, museus, capelas, praia fluvial, ribeiras. Muitas vezes, os turistas não fazem exercício e assim também conhecem o concelho de outra maneira, com outros olhos”, defende a aluna, salientando que na região Interior Centro há “89 monumentos, 17 parques e reservas naturais e paisagens protegidas e 700 quilómetros de circuitos pedestres”.
“É uma área que tem muito por onde se pode desenvolver e o nosso objetivo é reforçar o posicionamento da região centro, numa região que foi muito abandonada. E queremos trazer mais turistas para cá”, acrescenta.