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Covid-19

Portugal deverá suspender vacina da AstraZeneca nos grupos etários mais jovens

08 abr, 2021 - 15:57 • Redação

O desenvolvimento é conhecido um dia depois da Agência Europeia do Medicamento (EMA) reconhecer uma ligação entra a administração da vacina e a ocorrência de tromboses. Conferência de imprensa das autoridades de saúde portuguesas marcada para as 18h30 desta quinta-feira.

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Portugal prepara-se para suspender a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 nos grupos etários mais jovens, apurou a Renascença junto de fonte ligada ao setor da Saúde.

Até agora, o fármaco da AstraZeneca não tinha qualquer restrição de idade em Portugal, ao contrário do que acontece em alguns países europeus.

A vacina da AstraZeneca passará a ser administrada a pessoas com 60 ou mais anos, segundo vários órgãos de comunicação social, uma decisão que vai ser comunicada nas próximas horas pelas autoridades de saúde.

Uma circular do Infarmed, divulgada esta quinta-feira, refere que os 62 casos de trombose dos seios venosos cerebrais e os 24 casos de trombose esplâncnica, 18 dos quais fatais, detetados até 22 de março na Europa ocorreram em pessoas com menos de 60 anos.

Estas reações adversas mais graves aconteceram num universo de 25 milhões de pessoas vacinadas no espaço europeu.

Em declarações aos jornalistas no final do Conselho de Ministros, a ministra da Presidência, Maria Vieira da Silva, remeteu uma decisão sobre a vacina para o Infarmed e para a Direção-Geral da Saúde, numa comunicação que será feita ainda hoje.

“O Governo português tem seguido um princípio que mantém de que as decisões técnicas cabem aos serviços de decisão técnica e é isso que acontecerá também nesta matéria. Ontem, a EMA fez uma comunicação e hoje os serviços que em Portugal são responsáveis por esta matéria, o Infarmed e a Direção-Geral da Saúde, tomarão a sua decisão e comunicarão a sua decisão”, declarou Mariana Vieira da Silva.

Para as 18h30 foi anunciada uma conferência de imprensa com a Direção-Geral da Saúde (DGS), o Infarmed e a task-force para a vacinação contra a Covid-19.

A declaração destina-se a "atualizar a informação sobre a vacina COVID-19 da Astrazeneca. Nesta conferência estarão presentes a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, o presidente do Infarmed, Rui Ivo, e o coordenador da task-force, Henrique Gouveia e Melo", refere a DGS, em comunicado.

Regulador europeu confirma: Vantagens da vacina da AstraZeneca superam reações adversas
Regulador europeu confirma: Vantagens da vacina da AstraZeneca superam reações adversas

A notícia é conhecida um dia depois de a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter reconhecido uma ligação entra a administração da vacina e a ocorrência de tromboses. No entanto, a agência garante que os benefícios da vacina são maiores do que os riscos.

"Estes são efeitos adversos muito raros. O risco de morte por Covid é muito maior do que o risco de morte por estes efeitos", assegurou Emer Cooke, da EMA, em conferência de imprensa.

Organização Mundial de Saúde (OMS) veio mais tarde afirmar que uma ligação entre a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca e o desenvolvimento de uma forma rara de coágulos sanguíneos é “plausível mas não confirmada”.

“Com base na informação atual, uma relação causal entre a vacina e a ocorrência de coágulos de sangue com plaquetas baixas é considerada plausível, mas não é confirmada. São necessários estudos especializados para compreender plenamente a potencial relação entre a vacinação e os possíveis fatores de risco”, disse a OMS num comunicado do Comité Consultivo sobre a segurança das vacinas.

Dentro da União Europeia há, até ao momento, seis países que optaram por limitar as inoculações, mas os limites variam de país para país.

Na Alemanha, Países Baixos, Espanha e Itália a vacina da AstraZeneca não é oferecida a menores de 60 anos e em França e na Bélgica a fasquia baixa para os 55.

[notícia atualizada]

Evolução da Covid-19 em Portugal

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  • Desabafo Assim
    08 abr, 2021 Porto 17:08
    O químico que ataca o vírus é nucivo ao organismo ao ponto de poder mesmo causar a morte ao paciente? Não morte da doença...

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