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Covid-19. Deficientes continuam fechados nos lares

11 abr, 2021 - 13:06 • Filomena Barros

Uma semana depois da reabertura dos centros de atividades ocupacionais, as instituições da deficiência intelectual continuam sem saber quando podem regressar os utentes que estão, há um ano, fechados nos lares residenciais, e que, entretanto, já foram vacinados contra a COVID19.

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“Neste momento é um encerramento à força”, desabafa a presidente da Humanitas – Federação Portuguesa para a Deficiência Mental.

A reabertura dos Centros de Atividades Ocupacionais (CAO), das instituições ligadas à deficiência intelectual, aconteceu no dia 5, mas os utentes que estão nos lares não foram autorizados a regressar, ao contrário do que se passou com os utentes externos, os que ficaram em casa com a família, nos períodos de confinamento.

Helena Albuquerque lamenta não haver qualquer indicação da tutela. “O que se passa é que estão a testar todos os colaboradores e utentes dos CAO, possivelmente para serem vacinados os colaboradores, porque relativamente aos utentes ainda não temos notícias nenhumas sobre e a sua vacinação, e os utentes dos lares continuam encerrados sem perspetivas de regressarem aos CAO. Não temos comunicação nenhuma nesse sentido.”.

Questionado pela Renascença, no final de Março, o Ministério do Trabalho e Segurança Social respondeu que “os utentes dos lares residenciais também vão regressar às atividades dos Centros de Atividade Ocupacional (CAO) no dia 5 de Abril”, mas tal não se verificou. Seguiu novo pedido de esclarecimento, mas ainda sem resposta.

A dirigente da Humanitas diz que não se entende: “nós achámos que desde o início tinha sentido, de facto, proteger essa população e encerrá-los, digamos assim, nos lares residenciais. A partir do momento em que estavam vacinados, tinha todo o sentido começar a planear-se o seu regresso aos Centros de Atividades”. E deixa críticas à falta de planeamento: “quando se fala em vacinação dos colaboradores dos CAO, nós pensamos que já devia ter sido feita, e o regresso dos utentes dos lares já devia ter sido planeado, de forma que quando os Centros de Atividades abrissem, eles pudessem ingressar livremente nesta estrutura, o que não aconteceu.

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