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Coronavírus

Presidente da União das Misericórdias pede desconfinamento de idosos vacinados

12 abr, 2021 - 17:49 • Pedro Mesquita , Filipe d'Avillez

Manuel Lemos teme as consequências do confinamento a longo prazo para a saúde mental dos idosos.

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Aumenta o número de vozes a defender o desconfinamento dos idosos que já foram vacinados.

Na leitura de Manuel Lemos tarda uma orientação da Direcção-Geral da Saúde, sobre os utentes dos lares já vacinados. O presidente da União das Misericórdias Portuguesas lembra que este confinamento prolongado pode ter outras consequências, por exemplo, para a saúde mental destes idosos.

“Tarda uma orientação da DGS porque a um caso de Covid podem suceder-se casos que têm a ver com a saúde mental das pessoas, têm a ver com o seu isolamento e, portanto, é bom que comecemos a regressar ao normal, onde se pode regressar ao normal”.

Não obstante o desejo do regresso à normalidade, o presidente da União das Misericórdias reconhece que será necessário desconfinar com alguma cautela nos concelhos onde persistem elevados índices de infeção, mas sugere um alívio das restrições nos restantes.

“Nos concelhos onde os idosos já foram vacinados, onde não se verificaram infeções, acho que faz todo o sentido que a DGS emita novas orientações. Nos concelhos onde ainda há uma infeção muito grande, aí poderemos ser mais cautelosos. Deve ser uma coisa vista caso a caso, seno certo que já tarda uma orientação da DGS sobre esta matéria”, diz.

“Onde aparentemente está tudo bem, ou há uma justificação científica que a mim me escapa – porque não sou médico, muito menos infecciologista – ou então está na altura de tomar uma posição”, conclui.

A opinião de Manuel Lemos coincide com a do presidente da Associação de Lares Privados. João Ferreira de Almeida considera que começa a ser demais o castigo dos idosos nos lares, embora reconheça que a imunização dos portugueses está a avançar lentamente.

Os responsáveis pelos lares em Portugal apelam, assim, à Direção-Geral de Saúde para que emita novas orientações que reflitam já a imunização dos mais idosos, pelo menos nos Concelhos onde existe, há longas semanas, um reduzido grau da transmissibilidade da Covid.

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  • Maria Oliveira
    12 abr, 2021 Lisboa 21:54
    É uma violência o que se está a passar nos lares de idosos. Estão a viver encarcerados, sem contactos com as famílias e os amigos. São pessoas mais vulneráveis porque o seu horizonte de vida já não é longo. Precisam de afectos e de distracção, que não têm. E não se tomam medidas para obviar a esta triste situação.

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