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Covid-19. Vice-presidente dos Médicos de Saúde Pública defende regras mais apertadas nas esplanadas

13 abr, 2021 - 07:58 • Marta Grosso , Beatriz Lopes

Gustavo Tato Borges considera que as escolas deveriam regressar ao ensino à distância e alerta que Verão não é sinónimo de acalmia no número de contágios.

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No dia em que, no Infarmed, especialistas e governantes voltam a reunir-se para analisar a evolução da pandemia e a terceira fase do desconfinamento, o vice-presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública mostra-se preocupado com a subida do índice de transmissibilidade (Rt) e defende regras mais apertadas para as esplanadas.

“As pessoas têm estado muito à vontade, voltaram às esplanadas com uma fome de convívio, de liberdade, de bem-estar, que tornou difícil haver cumprimento de regras”, começa por afirmar.

“Possivelmente, ter-se-á que repensar o número de pessoas por mesa, ter-se-á que definir um rácio de mesas por metro quadrado e objetivar a distância mínima de dois metros entre cada mesa para a área da esplanada de cada café e de cada restaurante”, aponta Gustavo Tato Gomes, em declarações à Renascença.

O chamado Rt está a aumentar sobretudo entre os mais novos, que também parece ser o alvo preferencial da varante britânica, o que leva este médico a defender o regresso ao ensino à distância.

“Sabemos que a incidência tem aumentado fortemente no escalão mais jovem da nossa população e, aliás, até à Páscoa registaram-se 47 surtos em escolas, o que faz com que o processo habitual de aprendizagem fique limitado porque todas essas escolas que começaram com aulas presenciais acabaram por ter de parar, adaptar-se, enviar miúdos para casa e, portanto, a maneira mais tranquila, nos próximos tempos, até conseguirmos ter uma diminuição do número de casos, seria mesmo garantir que a escola ficava em ensino à distância para todos os níveis de ensino”, defende.

Nestas declarações à Renascença, o vice-presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública alerta ainda para o facto de o Verão deste ano poder ser diferente do do ano passado, em que houve diminuição de casos na generalidade do país.

“Isto vai depender muito do comportamento das pessoas, do contacto entre cada um, porque também temos exemplo de países – o Brasil é um caso paradigmático disso mesmo – em que, na altura do seu Verão, a pandemia nunca abrandou e, portanto, não é expectável que, vindo bom tempo, nós tenhamos menos doença”, afirma.

Na reunião desta terça-feira, no Infarmed, serão analisadas as medidas a tomar a partir de dia 19, altura em que está previsto o início da terceira fase de desconfinamento. A possibilidade de travar a reabertura nos concelhos com maior incidência de casos é uma das questões em cima da mesa e uma possibilidade já admitida pelo primeiro-ministro, António Costa.

Depois da reunião do Infarmed, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ouve os partidos com assento parlamentar sobre a renovação do estado de emergência até ao final do mês.

Comentários
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  • Ivo Pestana
    13 abr, 2021 Funchal 13:29
    Deixemos trabalhar quem precisa.

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