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Marta Temido: “Estamos a viver dias decisivos" na luta pelo desconfinamento

13 abr, 2021 - 13:34 • Redação

A ministra da Saúde afirma que “já estivemos numa situação epidemiológica mais favorável". Marta Temido não revela se a próxima fase de desconfinamento, que arranca a 19 de abril, vai iniciar-se tal como está previsto ou se poderá haver várias velocidades de reabertura.

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A ministra da Saúde, Marta Temido, afirma que Portugal já esteve numa “situação epidemiológica mais favorável” e os próximos dias serão “decisivos” para o controlo da pandemia de Covid-19.

“Já estivemos numa situação epidemiológica mais favorável, há 15 dias, há um mês, mas o nível de confinamento também era superior”, declarou Marta Temido, no final da reunião com especialistas na sede do Infarmed, em Lisboa.

A governante constata uma "alteração da tendência" nas últimas semanas, com um aumento do índice de transmissibilidade R(t), para valores acima de 1, e "com uma incidência que, contudo se mantém moderada": no continente é de 68,4 casos por 100 mil habitantes e a nível nacional 71,5 casos por 100 mil habitantes, sendo que a linha vermelha foi colocada nos 120.

A ministra da Saúde não avança se a próxima fase de desconfinamento, que arranca a 19 de abril, vai iniciar-se tal como está previsto ou se poderá haver várias velocidades de reabertura nas regiões mais afetadas pela Covid-19.

“Estes dias que estamos a viver são decisivos para que se consolidem tendências num sentido ou no outro”, declarou Marta Temido.

Questionada sobre um eventual travão no processo de desconfinamento, a governante remeteu uma decisão para o conselho de ministros de quinta-feira.

“Vão seguir-se um conjunto de trabalhos e contactos, com o Presidente e os partidos, o Governo internamente, para tomar as melhores decisões. A estratégia de desconfinamento aprovada é gradual e deliberadamente progressiva e de ritmo lento, para permitir adequar as medidas proporcionalmente às situações epidemiológicas", declarou.

Marta Temido sublinha que a avaliação por concelhos "tem sido sempre feita" e que foram impostos "critérios exigentes de monitorização da infeção".

"O limiar dos 120 casos por 100 mil habitantes ou dos 240 estando muito distantes do que tivemos no início do ano são os valores de referência para o país. Não queremos perder mais vidas inutilmente. Não queremos causar doença cujas consequências no longo prazo sejam ainda desconhecidas, precisamos no apoio de todos para continuarmos nesta estratégia de vacinar o mais depressa possível", frisou a governante.

Da reunião com peritos, a ministra da Saúde destacou também que "o número de casos em ambiente escolar, quer entre alunos quer docentes e não docentes, é bastante reduzido".

Considerou ser ainda muito cedo para comentar a recomendação hoje emitida pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos para uma pausa na administração da vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson (Janssen).

“Recebemos essa notícia enquanto decorria a reunião. Neste momento é prematuro falar. Essa vacina não foi ainda iniciada no território da União Europeia, estamos a receber as primeiras doses esta semana. Os efeitos adversos estão descritos, mas no balanço risco-benefício continuamos a saber que a vacina é a nossa melhor arma para sairmos desta doença”, explicou a governante.

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  • Ivo Pestana
    13 abr, 2021 Funchal 13:25
    Os nossos governantes já não sabem o que dizer. Às vezes seri melhor o silêncio. Semanas decisivas? Já ouvi estas conversas n vezes. O povo está a ficar saturado e qualquer dia não liga aos avisos.

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