15 abr, 2021 - 11:18 • Cristina Nascimento
Os militares portugueses presentes no Afeganistão vão sair do país até ao final do mês de maio. A data é anunciada pelo Ministério da Defesa e Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado conjunto emitido depois de a NATO ter dado conta que vai colocar um ponto final na missão militar internacional que de decorre desde 2001.
"Portugal participa desde 2002 no esforço da Aliança no Afeganistão, por onde passaram mais de 4500 militares nacionais. Com esta retirada, conclui-se um importante e prolongado contributo português na luta contra o terrorismo", lê-se na nota.
Ainda segundo o comunicado, Portugal vai abandonar progressivamente o terreno, mas não vai deixar de apoiar o país de alguma forma pelo menos até 2024.
"Portugal
ajustará, de forma coordenada com os aliados, o dimensionamento da sua
participação tendo decidido manter a presença da Força de Reação Rápida
nacional na proteção do Aeroporto Internacional em Cabul até final de maio, e
continuar a contribuir com elementos de estado-maior nas estruturas de comando
da missão até final da Missão Resolute Support, continuando igualmente a
contribuir anualmente para o fundo de apoio ao Exercito Nacional Afegão até
2024", detalha.
Afeganistão
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A nota conjunta dos dois Ministérios ressalva que "Portugal mantém o seu compromisso com os esforços da comunidade internacional no combate ao terrorismo em todas as suas formas e manifestações, de que são exemplos os contributos nacionais do Médio Oriente ao Sahel, do Corno de África a Moçambique".
A NATO envolveu-se no Afeganistão em 2001, após os Aliados terem invocado, a 12 de setembro e pela primeira vez na história da Aliança, o artigo 5.º do tratado do Atlântico Norte – o princípio de defesa coletiva, que determina que um ataque contra um ou mais dos membros da NATO é considerado um ataque contra todos –, em seguimento dos ataques de 11 de setembro de 2001 perpetrados pela Al Qaeda nos Estados Unidos.