16 abr, 2021 - 17:19
A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve esta sexta-feira várias pessoas à porta do Conselho Superior de Magistratura (CSM), em Lisboa, onde o juiz negacionista e anti-máscara Rui Fonseca e Castro foi ouvido no âmbito de um processo disciplinar, avançou o jornal "Público".
Dezenas de manifestantes deslocaram-se ao edifício do CSM para apoiar o juiz, num protesto convocado pelo próprio Rui Fonseca e Castro através das redes sociais.
Rui Fonseca e Castro desvalorizou repetidamente a Covid-19 e foi suspenso preventivamente por incentivar à desobediência às medidas de controlo da pandemia.
O juiz também ficou conhecido por desafiar o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, para uma luta de artes marciais mistas.
Segundo o jornal "Público", as detenções começaram quando o corpo de intervenção da PSP chegou ao local e as pessoas em protesto tentaram aproximar-se do edifício do CSM, contrariando as indicações da polícia.
Num vídeo publicado desta tarde no Facebook, é possível ver dezenas de manifestantes, sem máscara e sem respeitar o distanciamento físico, a aplaudir Fonseca e Castro à chegada do CSM.
A manifestação foi convocado pela Habeas Corpus, uma associação cujo único rosto visível é o controverso magistrado.
Na página de Facebook onde convocou o protesto, a página disse que “o Conselho Superior da Magistratura, loja maçónica da Rua Duque de Palmela, em Lisboa, é um dos instrumentos de opressão da população, prosseguindo tal opressão através da intimidação dos juízes de direito e na interferência na independência dos tribunais portugueses".
Diz ainda a Habeas Corpus que “tudo o que é feito contra nós é apenas a confirmação de que estamos do lado do bem, contra a ditadura que se instalou em Portugal, controlada por uma elite oligárquica e corrupta”.
Os manifestantes dispersaram pouco depois das 17h00, quando o juiz negacionista da pandemia de covid-19 deixou as instalações do Conselho Superior de Magistratura.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.987.891 mortos no mundo, resultantes de mais de 139 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.937 pessoas dos 829.911 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
[notícia atualizada às 19h46]