23 abr, 2021 - 18:53 • André Rodrigues
A faixa etária entre os 30 e os 35 anos é a que regista a incidência mais elevada da Covid-19 em Portugal.
Segundo o relatório de monitorização das linhas vermelhas, do Instituto Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS), a faixa entre os 30 e os 35 anos regista “122 casos por 100 mil habitantes”, ao passo que a população com 85 anos tem o menor número de casos, com 36 por 100 mil habitantes, “o que reflete um risco de infeção muito inferior ao risco da população em geral”, pode ler-se.
Outro dado a reter da monitorização feita pelo INSA e pela DGS prende-se com o valor do rácio de transmissibilidade da doença, que apresenta “valores inferiores a 1 a nível nacional (0,98) e nas várias regiões de saúde do continente, com exceção da região do Norte (1,07)”.
Na média dos últimos cinco dias, o relatório indica uma “tendência decrescente” e a baliza dos 60 casos por 100 mil habitantes - abaixo da qual as medidas de confinamento podem ser aliviadas - poderá ser atingida “no prazo de um a dois meses”.
Igualmente decrescente é a tendência do número diário de casos de Covid-19 internados nos cuidados intensivos: “no continente, a tendência é ligeiramente decrescente a estável, encontrando-se abaixo do valor crítico definido” de 245 camas ocupadas.
No que toca aos rastreios realizados, o relatório indica que “a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 em Portugal foi de 1,3%, valor que se mantém abaixo do objetivo definido de 4%”, sendo que, na última semana, foi observado um aumento do número de testes realizados.
De acordo com dados recolhidos em março, estima-se que a variante B.1.1.7, com origem no Reino Unido, seja, atualmente, responsável por 82,9% dos casos de infeção por Covid-19 em Portugal.
A nota acrescenta que “foram identificados 54 casos da variante B.1.351 (associada à África do Sul), cuja prevalência estimada em março, com base na sequenciação, foi de 2,5%”.
Já a estirpe P.1, associada a Manaus, no Brasil, foi responsável por 29 casos confirmados, numa prevalência estimada de 0,4% no mês de março.