23 abr, 2021 - 10:00 • Olímpia Mairos
A Ordem dos Médicos acredita que, se o plano de vacinação for seguido à risca, o país alcançará a imunidade de grupo no final de junho.
“Sinto-me satisfeito. Se cumprirmos o plano à risca e se não houver falhas nas vacinas, acredito que no final de junho atingiremos a imunidade de grupo. O que será um sucesso”, afirmou o bastonário Miguel Guimarães, ao jornal "Diário de Notícias".
Entre abril e junho, Portugal vai receber 9 milhões de vacinas. 5,5 milhões são da Pfizer e a partir de segunda-feira vão chegar mais 55 mil da J&J, para serem aplicadas.
A Ordem dos Médicos saúda as alterações feitas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) aos critérios da segunda fase, que assentam na idade por ordem decrescente e em algumas patologias de risco, mas Miguel Guimarães gostaria de ver já vacinadas as pessoas que recuperam da Covid e não em maio, como está previsto.
Covid-19
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Em declarações ao DN, o bastonário defendeu que “o momento certo é agora, porque temos idosos e profissionais de saúde que já tiveram a doença há seis meses e há um ano que precisam de ser protegidos o mais depressa possível”.
A Ordem dos Médicos foi das organizações mais críticas ao Plano de Vacinação contra a Covid-19, desde que este foi conhecido no início de dezembro, mas, agora, admite que “está a ser feito um bom trabalho", com “critérios simples, locais de vacinação preparados, capacidade para vacinar e logística”.
"Se não houver interrupções, em junho teremos imunidade de grupo”, reforça.
O coordenador da "task force" de vacinação revelou recentemente que Portugal deve atingir a imunidade de grupo, ou seja, 70% da população acima dos 30 anos, "entre julho e agosto". Já a proteção da maioria das pessoas acima dos 60 anos deve ser alcançada entre a última semana de maio e a primeira de junho.
A “task-force” para o plano de vacinação tem previsto a chegada de 9 milhões de doses de vacinas durante o segundo trimestre, mais 200 mil do que o previsto em março (8,8 milhões de doses). Só da Pfizer, das quais eram aguardadas 4 milhões de doses, agora são esperadas 5,5 milhões doses, da Moderna 795 mil, da AstraZeneca 1,6 milhões e da Johnson & Johnson 1,2 milhões - destas, chegaram 31 200 doses no dia 14 de abril, e, a partir de segunda-feira, deverão chegar mais 55 200, segundo dados da “task force”.
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