25 abr, 2021 - 14:37 • Lusa
O primeiro-ministro, António Costa, evocou a conquista de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) público, universal e acessível, com o 25 de Abril de 1974, durante a inauguração do novo Centro de Saúde de Algueirão, o maior do país.
"Tenho a particular satisfação em celebrar o 25 de Abril com a inauguração do maior Centro de Saúde do país. [...] Foi o 25 de Abril que nos permitiu ter o Serviço Nacional de Saúde público, universal, tendencialmente gratuito e acessível a todas e a todos, independentemente de onde vivam ou qual seja a sua situação económica", afirmou António Costa, durante a cerimónia de inauguração daquela unidade de saúde, no concelho de Sintra, que contou também com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido, e do presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta.
O primeiro-ministro lembrou ainda que foi o 25 de Abril de 1974 que tornou possível a adesão à União Europeia (UE), que proporcionou fundos que pagaram 50% do Centro de Saúde hoje inaugurado.
"A União Europeia não é só uma coisa distante que está lá em Bruxelas. Está em todos os 'Algueirões Mem Martins' que existem nos 27 Estados-membros", apontou.
O governante lembrou que o próximo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) prevê verbas para reforço dos equipamentos de diagnóstico neste tipo de unidades de saúde, bem como para as vertentes de saúde oral e mental, para que sejam novas valências do SNS.
Já a ministra da Saúde salientou que estão previstos 466 milhões de euros para alocar à área da saúde nos próximos anos.
"Há ainda portugueses sem equipa de saúde familiar? Há, mas estamos cá para cuidar que isso seja ultrapassado", garantiu a ministra, deixando ainda um agradecimento "muito profundo e sentido" àqueles que "fizeram o 25 de Abril e que lutaram para que aqueles que chegam aos cuidados de saúde não tenham de fazer prova de capacidade financeira para avançar".
Cerca de três dezenas de pessoas concentraram-se num dos portões que dá acesso ao novo Centro de Saúde, protestando contra a falta de médicos de família no concelho e a reivindicar a construção de um novo hospital. "Novo edifício, problemas velhos", gritavam os populares.