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Pandemia

Covid-19. Alívio do recolher obrigatório é "sinal de esperança" para 'barmen' da Madeira

26 abr, 2021 - 21:10 • Lusa

Atualmente, o recolher obrigatório vigora na região entre as 19h00 e as 05h00 do dia seguinte durante a semana, e entre as 18h00 e as 05h00 aos fins de semana e feriados.

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A Associação Barmen da Madeira considerou esta segunda-feira que as alterações aos horários do recolher obrigatório e de funcionamento de bares e restaurantes na região, a partir de domingo, no âmbito da pandemia da Covid-19, é um "sinal de esperança".

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, anunciou esta segunda-feira que o recolher obrigatório na Madeira vai passar a vigorar entre as 23:00 e as 05h00, incluindo aos fins de semana, e que os restaurantes e bares podem estar abertos até às 22:00 com uma lotação até 50%, com cinco pessoas por mesa.

Atualmente, o recolher obrigatório vigora na região entre as 19h00 e as 05h00 do dia seguinte durante a semana, e entre as 18h00 e as 05h00 aos fins de semana e feriados. A restauração, tal como as outras atividades comerciais, encerra durante a semana às 18h00 e aos fins de semana às 17h00, sendo que o horário de entrega de refeições ao domicílio decorre até às 22h00, todos os dias.

"Esta medida continua a ser, contudo, uma luz ao fim do túnel, ajuda a mitigar os efeitos da crise, mas ainda não é o que ambicionamos, que é a abertura total, embora se reconheça a política prudente do Governo Regional", afirmou o presidente da associação e proprietário de um bar na área turística do Funchal.

Este profissional lembra que a "hotelaria e a restauração foram e continuam a ser um dos setores da economia da Madeira mais afetados pela pandemia da Covid-19, devido às medidas de controlo sanitário e contenção do surto do novo coronavírus, tendo atravessado períodos de confinamento e de recolher obrigatório que impuseram limitações à circulação na via pública e ao horário de funcionamento das atividades de natureza comercial, em particular nos restaurante e bares".

Alberto Silva recorda que, desde 2020 até esta segunda-feira, viveu os vários "recolheres obrigatórios e suas implicações no negócio", os fixados até às 02h00, às 00h00, às 22h00, 19h00 e 18h00.

"Todas estas limitações acarretaram várias dificuldades à empresa, mas nunca deitamos a toalha ao chão, na esperança de que, um dia, as coisas irão melhorar particularmente a partir da vacinação em massa e da abertura dos mercados emissores de turismo para a Madeira, apesar de a nossa clientela ser 99% de madeirenses", referiu o proprietário do "Nos Copos".

"Nós quisemos trazer os 'cocktails' dos bares dos hotéis para a rua e esse é o nosso principal conceito como empresa. Nunca imaginamos que tantos jovens aderissem à iniciativa", diz Alberto Silva, ao referir-se à "ousadia" de abrir um bar em tempos de incertezas.

Este empresário realça, contudo, que apesar das dificuldades emergentes da SARS-Cov-2, deu também "uma mãozinha" aos artistas, convidando-os a tocar na esplanada do bar em determinados dias da semana.

"Ajudamos a classe de artistas quando são os primeiros a serem 'despachados' dos hotéis em tempo de crises", lembra.

Alberto Silva diz que o negócio "tem dado alguma coisa, não para enriquecer, mas para manter a porta aberta e os três postos de trabalho", constituídos por ele, pela mulher, Ana Silva, e pelo irmão, Eusébio Silva, detentor de vários títulos de campeão de 'cocktails' a nível regional e nacional e representante de Portugal em várias competições internacionais.

"Todos os dias, quando fecho a porta, mesmo sendo pouco, digo: grato, Senhor", confessa.

De acordo com a Direção Regional de Saúde (DRS), a Madeira tem esta segunda-feira mais 16 novos casos e 26 doentes recuperados.

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