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Pós-Brexit

Portugal/Reino Unido. Não haverá "relação tão intensa", mas será "muito próxima"

28 abr, 2021 - 11:29 • Beatriz Lopes

Parlamento Europeu ratificou o chamado Acordo de Comércio e Cooperação, que vai regular as relações entre Bruxelas e Londres no pós-Brexit.

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É mais um passo no longo processo de divórcio entre a União Europeia e o Reino Unido. O Parlamento Europeu aprovou o chamado Acordo de Comércio e Cooperação, que vai regular as relações entre Bruxelas e Londres.

À Renascença, o ministro dos Negócios Estrangeiros português fala num acordo que vai permitir que Portugal continue a ter “uma relação muito próxima” com o Reino Unido com vários direitos salvaguardados.

“O acordo determina que não haverá nem tarifas nem quotas no comércio de bens entre o Reino Unido e a União Europeia, isso facilita muito o comércio de bens, incluindo as exportações portuguesas para o Reino Unido e as importações portuguesas do Reino Unido”, começa por dizer Augusto Santos Silva. “O acordo estipula também que em matéria de cooperação policial, judicial e de outros assuntos de segurança interna, essa cooperação mantém-se e reforça-se a um nível muito elevado o que – conhecendo nós a convergência que existe entre as políticas externa e de defesa da União Europeia e do Reino Unido - significa que em matéria de relação futura, nós continuaremos a ter uma relação muito próxima com o Reino Unido e isso é muito importante quer para a Europa quer para os britânicos”.

Para o ministro, a melhor maneira de compreender este acordo é através de uma metáfora conjugal: “Nós tratamos do divórcio, o Reino Unido saiu da União Europeia, mas ao contrário do que é habitual nos divórcios, o Reino Unido saiu da União Europeia, mas agora inicia uma nova relação e isto é o novo quadro para a relação do Reino Unido com a União Europeia. Não é uma relação tão intensa mas é, ainda assim, uma relação muito próxima”, sublinha.

365 mil portugueses pediram estatuto de residência

O governante adiantou que neste momento mais de 365 mil portugueses já pediram o estatuto de residência no Reino Unido. “A esmagadora maioria dos pedidos foram aprovados”, no entanto, Augusto Santos Silva alerta que “é preciso a totalidade dos pedidos” e apela a todos os emigrantes que façam o pedido o quanto antes.

“Apelo a todo e qualquer cidadão português que resida no Reino Unido e que ainda não pediu o estatuto de residente que o faça sem demora, porque só tem até ao dia 30 de junho para o fazer”.

Quanto aos portugueses que não conseguiram obter o estatuto de residência no Reino Unido, por não conseguirem renovar os documentos de identificação nos consulados, Augusto Santos Silva garante que “para responder ao aumento de pedidos, o consulado, em particular o de Londres que está sujeito a maior pressão, está neste momento aberto ao público também ao sábado. Portanto, nós reforçámos não só os funcionários, como também os horários, para que toda a gente possa ver satisfeitos os seus pedidos de documentos, designadamente aqueles de que precisem para efeitos de garantir o estatuto de residente no Reino Unido”.

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  • Ivo Pestana
    28 abr, 2021 Funchal 16:37
    Portugal só tem a ganhar com acordos e cimeiras, com o Reino Unido. Nem é preciso explicar.

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