06 mai, 2021 - 17:04 • Hélio Carvalho
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Na primeira avaliação semanal desde que o país entrou na quarta (e última) fase de desconfinamento, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou que quatro concelhos mantêm-se em fases anteriores do desconfinamento, ao passo que quatro concelhos avançam no desconfinamento e passam a acompanhar o resto do país. Cabeceiras de Basto é o único concelho a recuar no desconfinamento.
Aljezur, Portimão, Miranda do Douro e Valongo desceram abaixo dos 120 casos por 100 mil habitantes e vão desconfinar com o resto do país. Carregal do Sal, Paredes e Resende ficam na fase de desconfinamento em que estão (Paredes na terceira fase, Resende e Carregal do Sal ainda na fase de 5 de abril).
Já as duas freguesias do concelho de Odemira que estão sob cerca sanitária mantém-se afetados por essa medida mas, a partir de segunda-feira, passarão a existir condições específicas de acesso ao trabalho definidas pelos ministérios da Saúde e da Administração Interna.
Relativamente aos concelhos que se situam em risco de voltar atrás no desconfinamento, há 23 concelhos em alerta, 17 dos quais já estavam em alerta há uma semana e seis passam também a essa situação.
Mariana Vieira da Silva informou que há nove concelhos a sair dessa situação de alerta o que, diz, "simboliza a situação de melhoria geral que temos no país".
Na quinta-feira passada, o primeiro-ministro António Costa anunciou que o Governo passaria a avaliar a incidência dos concelhos semanalmente, afirmando que "é preciso agir o mais rapidamente possível quando estamos em situações de rápido crescimento, de forma a evitar que o crescimento seja excessivo".
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Uma das medidas que causou maior impacto foi a decisão de criar uma cerca sanitária em duas freguesias do concelho de Odemira (São Teotónio e Longueira/Almograve), devido aos surtos entre trabalhadores imigrantes no setor agrícola. A medida motivou um avolumar da discussão em torno das condições extremamente precárias em que vivem os trabalhadores, muitas vezes em habitações sobrelotadas.
Essa cerca sanitária vai manter-se pelo menos durante mais uma semana, altura em que o Governo apresentará uma nova avaliação sobre a incidência nos concelhos. Esta quinta-feira, o ministro da Administração Interna considerou que "a cerca sanitária está a produzir efeitos, porque desde a última semana Odemira tem muito menos de 50% dos casos de infeção do que tinha no dia em que a cerca foi instaurada".
Pelos dados do boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) de 30 de abril, relativamente à incidência por concelho, 12 concelhos passaram a estar em risco de voltar atrás no desconfinamento por terem uma incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes, mas 14 passaram para baixo da linha vermelha traçada pelo Governo.
[Notícia atualizada às 17h11]