14 mai, 2021 - 16:16 • Redação
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Ainda é cedo para falar em deixar de usar a máscara de proteção contra a Covid-19, afirma Raquel Duarte, investigadora do Instituto de Saúde Pública do Porto e uma das autoras do plano que foi entregue ao Governo com as novas regras a seguir sobre a pandemia.
Em declarações à Renascença, Raquel Duarte diz que as medidas a tomar tem de ser ainda muito cautelosas.
“A vacinação é muito importante, mas não nos podemos esquecer que o mundo inteiro não está vacinado e, enquanto houver vírus a circular, há risco de novas variantes e rapidamente chegam cá. Qualquer medida deve ser cautelosa. Não vivemos numa ilha, não estamos fechados ao mundo e as medidas devem ser ponderadas.”
Raquel Duarte diz que a vacinação, a testagem e o cumprimento das medidas individuais são a chave para o sucesso e têm de ser mantidos.
Covid-19
A nova orientação representa outra etapa cuidadosa(...)
Ganhar liberdade, mas em segurança é o mote do plano que reúne sugestões para enfrentar a pandemia quando os maiores de 60 anos estiverem totalmente vacinados com duas doses.
Raquel Duarte, uma das autoras do plano, investigadora do Instituto de Saúde Pública do Porto, dá conta do que consta do documento entregue já o Governo.
“Na proposta que fizemos incluímos a audição de vários peritos, nacionais e internacionais, para aprender com o que correu bem e mal. E uma das grandes recomendações de quase todos era: atenção, manter a máscara, a distância e as medidas de prevenção e proteção individual. Não vamos mantê-las eternamente. O Centro Europeu de Controlo de Doenças até já, em populações vacinadas, em contextos muitos específicos fechados, de bolhas fechadas, familiares e sociais, propõem a avaliação do risco de reunião sem máscara. É preciso cautela e prevenção.”
O plano entregue ao executivo defenderá, segundo o jornal Público, que as pessoas com duas doses da vacina possam ter um alívio no uso da máscara. No entanto, são apresentados pressupostos e cautelas necessárias para não deitar a perder o caminho já percorrido no combate a esta pandemia.
A futura normalidade faz-se também com a responsabilidade de cada um dos portugueses, afirma esta investigadora.