19 mai, 2021 - 23:24 • Ana Carrilho
A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) considera que as greves pré-anunciadas pelo Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF) constituem “uma óbvia ameaça económica contra Portugal, no preciso momento em que a recuperação do turismo dá os primeiros passos neste novo ciclo da crise pandémica, com os principais mercados emissores de olhos postos no país”.
Em comunicado, o presidente da associação, Pedro Costa Ferreira, diz que só os pré-avisos de greve nos aeroportos de Lisboa, Faro, Madeira ou Açores já estão a levantar questões dos principais operadores estrangeiros, nomeadamente no mercado britânico.
“Ainda que por tempo e horários limitados, trata-se de uma ameaça que provoca a desconfiança dos mercados emissores para Portugal e cada dia que passar sem que seja desconvocada, produzirá efeitos negativos irrecuperáveis nas reservas turísticas”.
Só os serviços ligados à saúde ficam de fora da gr(...)
Frisando que não quer opinar sobre as razões da greve e a sua eventual justiça, a APAVT apela à rápida resolução do conflito. Ainda assim, refere que “mais de um ano após o início da pandemia da Covid-19, com todas as empresas do setor praticamente paralisadas, é inqualificável um aproveitamento desta natureza”.
O SIIFF - Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) entregou pré-avisos de greve para o Aeroporto de Lisboa, entre as 5 e as nove da manhã, de 1 a 15 de junho.
Na Madeira, a greve começa no dia 31 de maio, entre as nove e as 12 horas. Repete-se nos dias 7, 14, 21 e 28 de junho.
Em Faro, o protesto decorre na primeira quinzena de junho, entre as nove da manhã e o meio-dia.