24 mai, 2021 - 16:53 • Pedro Mesquita , Hélio Carvalho
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O vice-presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP), Gustavo Tato Borges, pede mais medidas restritivas para controlar o avanço da pandemia. Em entrevista à Renascença, o médico disse que o aumento de novos casos na região de Lisboa e Vale do Tejo é especialmente preocupante, dada a maior densidade populacional.
Para Gustavo Tato Borges, "os valores que temos assistido demonstram que Lisboa está a chegar a uma altura em que tem mesmo de implementar medidas restritivas para minimizar o impacto deste aumento da pandemia, antes que seja tarde demais e que tenhamos outra vez em mãos valores altos de incidência e consequências negativas para o internamento e os óbitos."
A melhor e mais imediata forma de reagir a este aumento é, na leitura do médico de Saúde Pública, voltar atrás no desconfinamento, tal como se foi fazendo em concelhos específicos.
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Sem recuo, Gustavo Tato Borges espera que os números "voltem a aumentar de uma forma catastrófica" e as próximas medidas devem ser anunciadas já no próximo Conselho de Ministros, na próxima quinta-feira.
"Corremos o risco de daqui a 15 dias, quando o Governo reavaliar, os números já sejam tão altos que só recuando dois passos no plano é que vamos ter algum efeito. Lisboa e Vale do Tejo é uma zona fulcral do país, cheia de gente e que, atingindo valores altos de mais de 120 casos por 100 mil habitantes, estamos a falar de centenas e centenas de pessoas infetadas e mais aquelas que não conseguimos descobrir", salienta.