25 mai, 2021 - 12:00 • Marta Grosso
A Polícia Judiciária deteve, nesta terça-feira, 20 jovens pela prática de crimes violentos e contra a propriedade, como roubo, sequestro, furto qualificado, burla informática e detenção de arma proibida.
Os jovens têm entre 17 e 22 anos e atuavam sobretudo nos concelhos de Cascais e de Sintra, onde a maioria residia. Faziam parte de um grupo criminoso que se autointitulava gangue “AKJ” e que agora foi desmantelado.
Os elementos divulgavam vídeos das suas ações nas várias plataformas digitais e nas redes sociais, onde se vangloriavam dos crimes que cometiam e ameaçavam as vítimas, caso os denunciassem.
Desafiavam ainda grupos rivais para encontros destinados a lutar pelo controlo de “territórios”.
A operação desta terça-feira – de nome “T3” – decorreu na sequência de uma investigação que começou em 2019, depois de várias informações a dar conta da atividade crescente do grupo naquela região, o que estava a preocupar bastante as populações e a comunidade escolar.
Além das detenções, foram efetuadas 23 buscas domiciliárias nas residências utilizadas pelos suspeitos, familiares e amigos, tendo a polícia conseguido recuperar alguns dos bens e valores provenientes dos furtos e roubos.
Foram ainda apreendidas armas e outros instrumentos utilizados para coagir ou agredir as vítimas.
A Judiciária envolveu cerca de 180 elementos nesta operação e contou com a participação de diversas unidades sedeadas em Lisboa e Setúbal.
Os detidos, todos sem ocupação profissional, vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
Com esta ação, a Polícia Judiciária considera ter desarticulado uma importante atividade delituosa grupal, particularmente danosa e progressivamente inquietante, sobretudo para os residentes daquelas zonas.