25 mai, 2021 - 06:57 • Lusa
Estações vazias e autocarros cheios marcam esta manhã em dia de greve parcial do metro de Lisboa, depois de sindicatos e empresa não terem chegado a acordo sobre valorizações salariais.
A greve parcial, convocada pelas organizações sindicais dos trabalhadores, decorre entre as 6h30 e as 9h30, prevendo-se que a circulação de comboios seja retomada a partir das 10h15.
Segundo a reportagem da Renascença, muitos foram apanhados desprevenidos, pois não sabiam do protesto. Junto às estações, as paragens de autocarro estão cheias, mas há quem opte por ir a pé ou de táxi.
A adesão à greve dos trabalhadores levou a que as estações estejam encerradas e não haja circulação de composições.
“Esta greve está a ser uma vez mais um grande êxito, uma demonstração inequívoca da vontade dos trabalhadores em lutar pela valorização dos salários, pela valorização das suas carreiras, pela prorrogação dos AE [Acordo de Empresa] e pela contratação de novos trabalhadores”, disse Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS).
Os índices de adesão “espelham-se particularmente no facto de não [se ter] composições nenhumas a funcionar, nem estações abertas”.
O pré-aviso de greve foi entregue pelos trabalhadores em 6 de maio, uma vez que a empresa não aceitou uma contraproposta dos sindicatos relacionada com as negociações salariais, anunciou então a FECTRANS.
Protesto decorre entre as 5h00 até às 9h30 para a generalidade dos trabalhadores e das 9h30 às 12h30 para o setor administrativo e técnico.
Além da valorização salarial e da valorização das carreiras, os trabalhadores pretendem também o preenchimento imediato do quadro operacional e progressões na carreira.
O sindicato alertou ainda que os trabalhadores reivindicam a efetivação do direito ao transporte, o estrito cumprimento de todas as cláusulas do Acordo de Empresa (AE), além da prorrogação da vigência do AE.
[notícia atualizada às 9h00]