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Autarca confirma buscas na Câmara de Ovar

27 mai, 2021 - 10:09 • Redação com Lusa

Em causa, uma investigação relacionada com processos de obras particulares e contratos programa.

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O presidente da Câmara de Ovar, Salvador Malheiro (PSD), confirma que aquela autarquia do distrito de Aveiro foi alvo de buscas, no âmbito de uma investigação relacionada com processos de obras particulares e contratos programa.

Numa nota publicada na sua página pessoal na rede social Facebook, o autarca esclarece que elementos do Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto e da Polícia Judiciária estiveram na terça-feira nos Paços do Concelho, na sequência de várias denúncias anónimas que surgiram entre 2016 e 2018.

O autarca adianta que os inspetores não apreenderam nenhuma documentação e ninguém foi constituído arguido.

Em declarações à Renascença, depois desta publicação, Salvador Malheiro lamenta o tempo que a operação demorou – o que atribui à pandemia – e reafirma que ninguém foi constituído arguido.

“As diligências decorreram com muita normalidade. Visitaram o meu gabinete, não levaram absolutamente nada, ninguém foi constituído sequer arguido, ninguém foi acusado”, disse.

“Lamento o tempo que isto demorou – em contexto pandémico, as coisas não são assim tão fáceis – e eu senti-me na obrigação de fazer este comunicado, porque ontem à noite houve uma notícia completamente falsa nas redes sociais de um grupo gerido por perfis falsos, de gente cobarde que não dá a cara, que afirmou que a minha casa tinha sido alvo de buscas, uma perfeita mentira”, avançou ainda.



Segundo um comunicado, as várias denúncias anónimas relacionam-se com "uma série de acusações que foram surgindo nas redes sociais e que foram objeto de apreciação e discussão nas reuniões da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal de Ovar, já devida e amplamente esclarecidas pelos Técnicos e Chefias dos Serviços Municipais, quer aos senhores vereadores da oposição, quer aos membros da Assembleia Municipal, quer à população em geral e ao povo vareiro".

"Assim, aquilo que o Departamento de Investigação quis esclarecer relaciona-se com as obras de beneficiação que foram levadas a cabo nos recintos desportivos do concelho e com três processos de obras particulares - todas elas do conhecimento público e já conhecidas, fiscalizadas e positivamente avaliadas por técnicos da CCDR/C (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro)", refere a mesma nota.

Apesar do tempo decorrido, a autarquia diz esperar que tudo seja esclarecido com celeridade, para que, definitivamente, todas aquelas denúncias sejam removidas do espaço público, e manifesta-se disponível para prestar os esclarecimentos que forem considerados necessários.

A Lusa tentou obter informações junto da Procuradoria-Geral da República, mas tal não foi possível até ao momento.

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