28 mai, 2021 - 08:44 • Marta Grosso com redação
“A Câmara de Lisboa vai averiguar a situação e depois vai agir” em conformidade, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa na noite de quinta-feira, a propósito da “marquise” que Cristiano Ronaldo colocou no topo do apartamento de luxo que comprou em Lisboa.
“Tivemos conhecimento da situação hoje pela comunicação social, verificámos que não nenhuma denúncia que tenha sido feita à Câmara relativamente à situação”, pelo que vamos “avaliar, como sempre fazemos, realizando uma inspeção e depois não tenho dúvidas de que tudo será regularizado de acordo com a lei”, afirmou Fernando Medina à SIC Notícias.
Medina não confirmou se as alterações feitas pelo jogador eram ilegais.
Cristiano Ronaldo mandou construir uma estrutura metálica no topo do edifício Castilho 203, no centro de Lisboa, obra que está a causar polémica. O arquiteto responsável pelo projeto do edifício diz-se em choque, uma vez que a alteração “desrespeita a arquitetura”, afirmou à revista “Sábado”.
Embora o terraço no topo do edifício “seja de usufruto do condómino do 13.º andar, é uma parte comum” do prédio”, o que significa que qualquer alteração obriga a uma “autorização do condomínio, aprovada em reunião de condóminos e registada em ata”, explica José Mateus, segundo o qual “essa autorização não existe”.
O arquiteto fala, por isso, em irregularidade e garante que não vai ficar parado. Ao “Expresso”, admite avançar para tribunal se a “marquise” não for demolida, até porque está acima da quota máxima prevista para a zona.
Nas redes sociais, o José Mateus diz mesmo que “a admiração e respeito que tinha por Cristiano Ronaldo, um atleta exímio e inspirador, um exemplo para todos que muitas vezes referi perante os meus filhos e alunos, desmoronou-se num ápice”.
Cristiano Ronaldo terá pago sete milhões de euros pelo apartamento de luxo, que inclui duas piscinas (no interior e no exterior), jacuzzi, ginásio, sauna e cinema. No topo, tem uma visão de 360º sobre Lisboa.