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Covid-19

Coletividades contra realização de arraiais nos Santos Populares em Lisboa

31 mai, 2021 - 19:24 • Lusa

As coletividades consideram que falta tempo para preparar os arraiais.

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O presidente da Associação das Coletividades do Concelho de Lisboa (ACCL), Pedro Franco, manifestou-se esta segunda-feira contra a realização de arrais na capital durante os Santos Populares, considerando que não se pode comparar com os últimos acontecimentos no Porto.

"Acho muito bem que não se faça. Se, por acaso, a Câmara fizesse festas em Lisboa, eu era o primeiro logo a atacar Câmara de Lisboa", salientou, em declarações à agência Lusa, durante a tarde desta segunda-feira.

De acordo com Pedro Franco, este ano, como ocorreu em 2020, não deverá haver arraiais, porque demoram "algum tempo" a ser preparados.

"Estamos hoje praticamente no fim do mês de maio, vamos entrar já amanhã [terça-feira] em junho, as festas de Lisboa começariam a partir já de amanhã, 1 de junho, o mês todo até ao dia 30. Estas coisas levam algum tempo a preparar. Até à data, as coletividades não têm qualquer informação sobre essa matéria", indicou.

Para o presidente da ACCL, não se pode "equiparar as coisas" e as pessoas devem ser ainda mais alertadas para a pandemia da Covid-19, porque a doença "não é para brincadeiras".

"Não podemos dizer: olha fizeram aquilo no Porto, temos de fazer [eventos] em Lisboa, porque o Porto fez. [...] As pessoas podem reclamar, podem fazer o que quiserem, agora uma coisa é certa, as pessoas têm de ter em conta que isto não é para brincar, que isto não é uma brincadeira, isto é uma pandemia a nível mundial, não só em Portugal. Temos de ter o máximo de cuidado, porque isto mata", observou.

Convencido que não vai haver arraiais e que o município "poderá tomar uma boa medida", Pedro Franco reconheceu que os ajuntamentos de adeptos ingleses, no Porto, devido à final da Liga dos Campeões de futebol, correram mal, assinalando que Lisboa não pode fazer o mesmo.

"Nós representamos muitas coletividades a nível nacional. Em Lisboa são quase 400 e a nível nacional mais de 30 mil que trabalham para as populações localmente a troco de nada e se alguém quer que as coisas andem rapidamente e vá tudo ao lugar, somos nós todos das coletividades, mas nós temos de ver a situação [pandémica]", sublinhou.

Relativamente aos festejos do São João, no Porto, o presidente da Câmara Municipal já fez saber que vão ocorrer e que vão ser criadas três zonas de diversões, mas sem concertos na avenida e fogo de artifício, devido à Covid-19.

"São João haverá sempre. Na noite de 23 para 24 [de junho] é São João no Porto. Aquilo que a câmara permitiu, com o parecer das autoridades de saúde, foram três zonas de diversões, onde as pessoas podem ir em condições consideradas de total segurança por parte da Direção Geral [da Saúde]", explicou Rui Moreira aos jornalistas, no fim da reunião pública do executivo camarário.

O autarca assume que estas medidas adotadas para os festejos do São João na cidade são importantes para setores que estão parados há meses, mas também para as famílias.

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