01 jun, 2021 - 12:29 • Olímpia Mairos
A Direção Regional de Agricultura do Norte já está no terreno a avaliar os prejuízos causados pelo granizo que se abateu sobre várias freguesias do concelho de Vila Real.
“Já conseguimos perceber que temos ali talvez à volta de três hectares de vinha com prejuízo”, disse aos jornalistas a diretora regional de Agricultura do Norte, Carla Alves.
De acordo com a responsável, só após o levantamento dos prejuízos, o Ministério da Agricultura avaliará as medidas a adotar.
“Em primeiro lugar, temos que avaliar esses prejuízos e perceber também se os senhores produtores têm ou não seguro de colheitas”, explica Carla Alves, acrescentando que também é muito importante perceber se os viticultores “têm ou não projetos aprovados através do ministério da Agricultura”.
A diretora Regional de Agricultura do Norte salienta ainda o apoio técnico que é “essencial dar nesta altura”.
“Dizer o que devem fazer após um problema desta natureza e que, por norma, tem a ver com a colocação de um produto à base de cálcio, cicatrizante, para que as videiras cicatrizem o quanto antes”, explica.
Ao final da tarde de segunda-feira e durante vários minutos caiu granizo com muita intensidade, acompanhado por chuva forte, no concelho e foi descrito como sendo do tamanho de bolas de pingue-pongue.
O vereador da área económica da câmara de Vila Real, António Augusto, fala em prejuízos avultados na área da viticultura, referindo que “o granizo atacou principalmente as freguesias de Abaças, Guiães, Andrães, Arroios e Mateus e estragou grande parte da produção da viticultura e da fruticultura”.
“Vi muita gente, ontem, desolada. Vi muitos agricultores inclusivamente em lágrimas, porque perderam toda a produção deste ano e vamos ver se não fica condicionada a própria planta e terá prejuízos para anos futuros”, conta o vereador, acrescentando que “a vindima nessas zonas ficou praticamente feita”.
O vereador da área económica refere ainda que, além do setor agrícola, há outros setores que também foram afetados.
“Eu, pessoalmente, nunca vi carros destruídos, como vi ontem, carros completamente amolgados”, conclui.