07 jun, 2021 - 20:33 • Lusa
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O chefe do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, convidou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, para passar a sua lua de mel no arquipélago, informou esta segunda-feira a Presidência do Governo Regional, indicando que o convite foi endereçado por carta.
"Na carta enviada ao governante, Miguel Albuquerque assegura a Johnson que a ilha da Madeira é um destino seguro e recorda que, apesar das dificuldades, desde o início da pandemia que é considerado mesmo o destino mais seguro da Europa", refere em comunicado.
Boris Johnson e Carrie Symonds casaram-se em 29 de maio, numa pequena cerimónia privada em Londres, e o presidente do governo da Madeira recorda, agora, que a antiga governante britânica Margaret Thatcher também gozou a sua lua de mel na ilha, em 1951.
Miguel Albuquerque afirma estar certo de que os resultados das medidas implementadas pelo Governo Regional demonstraram a "eficácia no controlo da crise pandémica" e sublinha as "cuidadosas medidas de saúde" e a realização de testes PCR à chegada, bem como a concretização do manual de boas práticas para o setor do turismo.
"Na carta, é lembrada a operação de triagem nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo para controlar as chegadas com teste de PCR negativo para o SARS-Cov-2 já feito ou, para quem não o tiver, o possa fazer depois de aterrar", refere o comunicado, apontando também a criação da plataforma "online" para viajantes "Madeira Safe", uma aplicação que permite monitorizar o estado de saúde dos passageiros.
O presidente do Governo Regional destaca ainda a certificação do destino Madeira com o "Madeira Safe to Discover Certificate" e recorda que o executivo madeirense implementou o "Corredor Verde", no qual passam os passageiros vacinados ou que já tenham tido a doença Covid-19.
"Outro ponto relevado na carta é que tem sido feito um trabalho intenso de testes na região e que tem sido implementada uma campanha intensa de vacinação, abrangendo já mais de 40% da população com, pelo menos, uma dose da vacina", refere o comunicado.
No fim, Miguel Albuquerque evoca os laços históricos que existem entre o Reino Unido e o arquipélago da Madeira.
A carta do governante madeirense foi enviada a Boris Johnson um dia antes da saída de Portugal, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, da "lista verde" de viagens internacionais do Governo britânico, o que acontecerá na terça-feira, às 04h00.
Na quinta-feira, o Ministério dos Transportes britânico anunciou que Portugal passa para a "lista amarela" para "salvaguardar a saúde pública contra variantes preocupantes" e proteger o programa de vacinação britânico.
Num comunicado, o Governo britânico refere que, de acordo com a base de dados europeia GISAID, foram identificados em Portugal 68 casos da variante B1.617.2, identificada pela primeira vez na Índia, denominada pela Organização Mundial de Saúde por variante Delta, "com uma mutação adicional potencialmente prejudicial".
De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional da Saúde da Madeira, o arquipélago, com cerca de 260 mil habitantes, registou quatro novos casos de Covid-19 e 14 recuperações, indicou a Direção Regional da Saúde (DRS), referindo que o total de infeções ativas no arquipélago é de 108 e há três doentes hospitalizados.
Entre os novos quatro positivos, um foi importado da região Lisboa e Vale do Tejo e os restantes três casos são de transmissão local, sendo que a região passa a contabilizar 9.503 casos de infeção por SARS-CoV-2 desde março de 2020.
Dos 108 casos atualmente ativos, "12 são casos importados e 96 são de transmissão local", refere a autoridade de saúde regional.
Com mais 14 recuperações nas últimas 24 horas, ascende para 9.323 o número de casos recuperados de Covid-19, segundo informa o boletim epidemiológico da DRS.
O arquipélago assinala também 72 mortos associados à doença.
Os dados divulgados esta segunda-feira pela autoridade regional diferem dos apresentados pela Direção-Geral da Saúde, que não atribuiu novos casos de infeção à região, mantendo um total de 9.756 casos e 69 mortes devido à Covid-19.
Em Portugal, morreram 17.036 pessoas dos 853.034 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.